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EXTREMA DIREITA | Presidente do DEM afirma que não descarta apoiar Bolsonaro em 2022

ACM Neto disse que vai evitar "extremos", mas que não descarta estar junto com Bolsonaro em 2022.

quinta-feira 4 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto:Alan Santos/PR/Divulgação

Na última segunda assistimos a eleição da Câmara, onde Arthur Lira saiu vitorioso, contando, pra isso, com votos de parlamentares do DEM, apesar de formalmente o partido estar no bloco de Baleia Rossi, que era inclusive apoiado pelo ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia. Tal resultado atesta o fracasso da política de frente ampla "democrática" propagandeada por vários setores da esquerda, que incluía o DEM.

Depois de tal resultado, agora o presidente do partido disse, em entrevista à Folha que cogita apoiar Bolsonaro em 2022:

Nós não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso. Qual Bolsonaro vai ser? Os dos dois últimos anos que passaram? Não queremos. Agora, haverá um reposicionamento? Para a construção de algo mais amplo, que não fique limitado à direita? Não sei. Então, não posso responder agora. Portanto, seja Doria, Bolsonaro, Huck, Ciro [Gomes], [Luiz Henrique] Mandetta, qualquer um dos nomes, vamos saber com o passar do tempo se vai ter mais ou menos chance.

Não deveria surpreender que o DEM nem ACM Neto simpatizem pelo adorador do Coronel Ustra, Bolsonaro. O DEM é o herdeiro direto do ARENA, partido oficial da ditadura, enquanto ACM Neto é herdeiro do legado de seu Avô, Antonio Carlos Magalhães. Também conhecido como Toninho Malvadeza, o avô teve sua carreira impulsionada pela ditadura militar. Não apenas a carreira política, onde ocupou vários cargos de confiança pelo militar, mas também ganhou de "presente" para si e sua família grande parte das concessões de rádio e televisão do estado da Bahia, além de vários contratos para a construtora OAS, fundada por seu genro em 1976. Dessa forma, se tornou um dos maiores oligarcas da Bahia, "legado" que seu neto agora faz jus.

Mais uma vez, a política de frente ampla vem mostrar que só serve para fortalecer a direita. Com Lira e o novo Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já vieram a publico dizer que desejam passar reformas e Bolsonaro já tem vários outros ataques que pretende passar. Precisamos desde já é que as centrais sindicais saiam da passividade e armem um plano de luta para enfrentar os ataques.




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