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CAOS NO RJ | Preocupado só com empresários, Bolsonaro se cala sobre enchentes e execução por militares

Contrastando com sua imagem ativa nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro até agora não se pronunciou em relação ao revoltante caso do assassinato de Evaldo Rosa dos Santos, assassinado pelos militares no Rio de Janeiro, fuzilado por 80 tiros, ou deu uma palavra de conforto para as inúmeras famílias atingidas pelas enchentes.

terça-feira 9 de abril de 2019 | Edição do dia

Bolsonaro que recentemente foi até intimado pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia a passar menos tempo no twitter e mais tempo se dedicando a Reforma da Previdência, até agora não se pronunciou seja nas redes sociais ou oficialmente, em relação ao revoltante assassinato de Evaldo Rosa dos Santos, fuzilado por 80 tiros disparados pelos militares contra o carro que guiava e no qual estava toda sua família; ou mesmo em relação ao caos provocado na cidade do Rio de Janeiro em razão das enchente e o descaso de Crivella.

O silêncio de Bolsonaro nas redes, que adora utilizá-las na prática como um canal oficial de comunicação seu direto com a população, no qual já chegou a desautorizar seus ministros, divulgar vídeo pornográfico ( o famoso caso do golden shower), polemizar com a imprensa e alfinetar rivais e até aliados, não traz nenhuma palavra de conforto para os familiares de Evaldo ou das vítimas das enchentes. Ignorando totalmente o caos que aflige a população carioca, uma das mais recentes publicações do presidente é divulgando um decreto em benefício de empresários que o governo concederá, o pacote batizado de "revogaço", flexibiliza uma série de obrigações em prol do empresariado. Estão escancaradas as prioridade do governo Bolsonaro.

No caso da execução cometida pelos militares se deve a sua cumplicidade no crime. O presidente, desde antes de sua eleição, sempre pautou seu discurso pela defesa do "gatilho fácil", uma de suas promessas de campanha aliás era a aprovação do excludente de ilicitude para os policias e militares poderem combater o crime apropriadamente, pois "bandido bom é bandido morto". Esse discurso de Bolsonaro - que para mais do que mero discurso busca torna-se lei com o pacote anticrime de seu Ministro da Justiça, Sergio Moro, que concede a licença para matar aos policiais - deixa seu rastro de sangue pelo Brasil afora, nesse ano o número de assassinatos cometidos pela polícia cresceu em diversos estados. No Rio de Janeiro esse discurso de ódio conta ainda com o apoio virulento do governador do estado Wilson Witzel, autor da frase : "a polícia vai mirar na cabecinha...".

O silêncio perante o sofrimento e o luto das famílias e a celebração do benefício dos empresários são simbólicos das prioridades do governo: para o empresariado um pacote de benefícios, para a população negligenciada e massacrada nem mesmo uma palavra de conforto, o que dirá iniciativas do Estado em prol da população.




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