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Prefeitos do ABC paulista pretendem acabar com a gratuidade para idosos no transporte

Consórcio intermunicipal do ABC decide junto seguir Doria e Covas na retirada da gratuidade dos idosos entre 60 e 65 anos. As 7 cidades - Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra - retirarão o direito dos idosos.

quinta-feira 7 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Ascom/Setransp

Na região do ABC o consórcio intermunicipal conta com prefeitos das 7 cidades (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) que tomam decisões em comum, na maioria das vezes de ataque aos trabalhadores e a juventude. Agora vão em consonância com Doria e Bruno Covas, que retiraram o direito de gratuidade do transporte público aos idosos entre 60-65 anos desde o dia 1° de janeiro deste ano.

Em 2013 a grande onda de manifestações que se alastraram pelo país e que começou com um questionamento aos transportes, fruto de uma tentativa de aumento das tarifas, se estendeu a questionamentos profundos e generalizados aos serviços públicos e à reivindicação de direitos da população. Dentre os direitos arrancados na ocasião um deles foi a gratuidade do transporte em SP para idosos entre 60 e 65 anos de idade.

A votação no consórcio intermunicipal, localizado em Santo André, está programada para a próxima terça-feira dia 12, alguns prefeitos têm usado o argumento de que o estatuto do idoso assegura a gratuidade somente a partir dos 65 anos, ou que com a pandemia o transporte não tem tanta circulação, logo não tem tanto lucro para manter a gratuidade.

Transporte público é um direito de toda população, e o da gratuidade para os idosos foi conquistado nas ruas, nas mobilizações de 2013, direito esse que vem sendo privado, pois a cada ano a ação mafiosa dos donos das empresas, responsáveis pelo fornecimento desse serviço, só faz aumentar a sede para lucrar bilhões e não se importam para o que deveriam de fato fazer, assegurar um direito básico.

Os governos atacam os idosos, os trabalhadores, atacam a aposentadoria, precarizando as nossas vidas, pessoas que passaram a maior parte de suas vidas, trabalhando, gerando lucro aos empresários, aos patrões, tem seu direito de ir e vir arrancados em meio a pandemia do novo coronavírus, que se agrava no ano que se inicia.

É necessário estatizar o transporte público, deixando sob controle dos usuários e gestão dos trabalhadores, para que o transporte seja discutido, pensado e refletido, por aqueles que o usam e que o fazem funcionar todos os dias. Enquanto os capitalistas controlarem o transporte, os estados e prefeitos vão gerir de acordo com seus interesses, com os trabalhadores e a população no controle vamos gerir de acordo com as nossas necessidades.




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