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GREVE SERVIDORES MACAPÁ | Servidores municipais do Macapá entram em greve contra intransigência de prefeito do PSOL

Servidores municipais entraram em greve desde a última quinta-feira, 21, e se somam aos professores e trabalhadores da saúde. Prefeito Clécio (PSOL-AP) oferece apenas 4% de reajuste, metade da inflação no período.

quarta-feira 27 de maio de 2015 | 00:40

Desde a última quinta-feira, 21 de maio, os servidores municipais da Prefeitura de Macapá decretaram greve por reajuste salarial, plano de cargos e salários e vale alimentação. Segundo o sindicato, 70% dos cerca de 4 mil servidores sindicalizados aderiram a paralisação. Além da reposição da inflação de 8,13%, os servidores cobram mais 15,76% de ganhos na justiça referente aos planos Collor, Bresser e Verão.

Em resposta as reivindicações, a SEMAD – Secretaria Municipal de Administração – declarou que por indisponibilidade financeira só pode oferecer 4% de reajuste. Argumentou também que os servidoresjá teriam tido aumentos reais de 60% nos últimos anos e que a prefeitura segue aberta ao dialogo.

Luís Santana, presidente do sindicato dos servidores municipais, declarou ao G1 que “estamos esperando a prefeitura se sensibilizar. Precisamos chegar num denominador. Já tivemos três reuniões mais ninguém cedeu. Dos itens que pedimos o prefeito só se manifestou favorável ao plano de carreira da área da saúde e disse que quer pagar só 4% de inflação”.

Os professores municipais de Macapá também estão em greve há mais de 40 dias. Assim como os servidores municipais de saúde. A postura do prefeito Clécio do PSOL e seus secretários diante da mobilização dos trabalhadores municipais tem despertado sérias críticas entre diversos setores da esquerda brasileira. Além de não atender as reivindicações mínimas das categorias em greve, o prefeito chegou ao absurdo de acionar a justiça contra uma ocupação realizada pelos professores na prefeitura, como denunciamos no Esquerda Diário.

Ao dar a justificativa de que não pode atender as reivindicações dos servidores em greve por conta da “indisponibilidade financeira”, Clécio usa o mesmo discurso de prefeitos, governadores e presidentes de partidos burgueses como PSDB, PMDB e PT.

Ao invés de apoiar-se na mobilização dos trabalhadores de Macapá para romper os acordos feitos pelas gestões anteriores com os grandes capitalistas da cidade, o prefeito Clécio endurece contra os trabalhadores para manter um equilíbrio orçamentário que nada tem a ver com os interesses concretos da maior parte da população.

Além de críticas superficiais e outras tantas justificativas, a direção nacional do PSOL precisa tomar uma decisão clara que exija que o prefeito atenda as reivindicações das categorias em greve e atacando os interesses dos capitalistas de Macapá. São distintas greves em curso num município governado pelo PSOL, um atestado de que o governo Clécio não está ao lado as demandas dos trabalhadores contra as imposições das instituições burguesas, como a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Corre o risco de conscientemente permitir que o PSOL comece a trilhar o mesmo caminho que o PT do início dos anos 1990, quando passou a administrar parte do estado capitalista contra os interesses dos trabalhadores.


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