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DIA DOS PROFESSORES | Precarização do ensino: salário de professores brasileiros ainda é muito defasado

No país, professores da educação básica recebem menos que profissionais com formação similar, e oito estados ainda pagam menos que o piso nacional. Na comparação com países ricos, o Brasil também fica bastante atrás.

quinta-feira 15 de outubro de 2020 | Edição do dia

(Foto: Daniel Queiroz/Arquivo)

Os salários dos professores brasileiros da educação básica ainda é muito baixo, se comparado aos de países desenvolvidos, e segundo padrões do próprio país. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a maior diferença é entre professores de ensino médio. No Brasil, o salário médio dos professores de ensino médio, medido em dólares PPC é de US$ 25966 (cerca de R$ 145 mil) por ano, contra US$ 49778 (cerca de R$ 279 mil) nos países membros da OCDE, uma diferença de 48%.

Além disso, segundo dados do Movimento Todos pela Educação, em 2019 professores de educação básica receberam apenas 71,7% da remuneração de outros profissionais com o mesmo nível de formação. O piso salarial da categoria, em 2020, é de R$ 2886,24. No entanto, no ano passado, oito estados pagavam salários abaixo do piso nacional, segundo a Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE). Este piso, por si, já está abaixo do salário mínimo necessário calculado pelo DIEESE.

Leia também: Contra a vontade de Bolsonaro, FUNDEB é aprovado

Isso é resultado de anos de desvalorização da educação pública, e de privatização, que agora ganha forma na proposta de um sistema de vouchers que o governo federal sugeriu para o Fundeb, para que as pessoas matriculem seus filhos em escolas privadas. Na própria discussão do Fundeb, o governo Bolsonaro anunciou que iria desviar este dinheiro para usar em outros programas sociais.

Todos estes cortes na educação e outros serviços públicos estão profundamente ligados ao ajuste fiscal levado a cabo para cumprir com a Lei do Teto de Gastos e com o pagamento da Dívida Pública. É por isso que deve-se lutar pelo não pagamento desta dívida fraudulenta e ilegal.




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