Nesse sábado (18) aconteceu o pré-carnaval da região de pinheiros, zona oeste de São Paulo. Segundo a prefeitura, 700 mil pessoas passaram pelo local, porém a estrutura programada era pra receber por volta de 250 mil foliões. O prefeito João Dória (PSDB) esta tentando restringir o Carnaval em São Paulo a lugares determinados por ele, além de tentar impor um limite de horário para a festa. Essas medidas junto ao projeto "Cidade Lida" que apagou os grafites da cidade, são parte da política tucana para São Paulo, de uma cidade cinza, sem festas e espaços artísticos e culturais públicos, mas sim com tudo privatizado.
segunda-feira 20 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
Avisa Lá, Casa Comigo e Rita leena foram alguns dos blocos que garantiram a festa. O transito nas proximidades foi bastante afetado e o único modo de chegar e sair de Pinheiros era o uso da Linha 4-Amarela, do metro, que não foi suficiente e algumas estações foram fechadas. Politica da prefeitura, proposital ou não, mas que contribuiu para o maior impacto na locomoção das pessoas.
O secretario municipal de Mobilidade e Transportes, Sergio Avelleda, chegou a admitir em entrevista ao vivo ao Bom Dia São Paulo, da Globo, que "No sábado, a situação saiu um pouco do nosso controle por conta de triplicar a quantidade de pessoas em relação ao previsto".
Esse discurso vem uma semana antes do inicio oficial do carnaval e já dá indícios de quais os planos de Dória para o carnaval de São Paulo: Um carnaval muito bem controlado, dentro dos limites de sua ideia de “Cidade Linda”.
Ao mesmo tempo, o numero de pessoas que participaram do pré-carnaval ter chegado a 700 mil, quase três vezes mais o que Dória havia planejado, mostra que o anseio dos moradores de São Paulo por cultura e tomar os espaços da cidade, vai na contramão do projeto do atual prefeito, de uma cidade cinza, vazia e privatizada.
Foto: Gabriela Biló/Estadão
