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UNESP | Portaria 23: Mais um ataque repressivo da UNESP

No último dia 9 de junho, a direção do Instituto de Artes (I.A) da UNESP emitiu uma nova portaria que regulamentaria a eleição de representantes discentes para órgãos colegiados, atacando frontalmente a autonomia dos alunos e seus espaços de auto-organização.

quinta-feira 13 de agosto de 2015 | 00:49

A assembleia geral dos estudantes do I.A, espaço máximo de deliberação desse segmento com plena autonomia para escolher e revogar seus representantes, já havia este ano eleito seus representantes discentes para os órgãos colegiados, representantes esses que foram negados pela direção local como legítimos representantes, culminando na portaria 23, emitida no dia 9.

A portaria vem, segundo a direção, para estabelecer normas e fixar calendário das eleições para a representação discente nos órgãos colegiados na Instituição, bem como estabelecer critérios para essa seleção. Estão vetados de participar do processo eleitoral alunos de primeiro ano e de último semestre, alunos ouvintes, alunos especiais, intercambistas e qualquer aluno que tenha passado por processo de sindicância –lembrando que as sindicâncias na UNESP têm sido utilizadas ao longo dos anos para caçar os alunos que se colocam contra os projetos impostos pela REItoria e seus lacaios, utilizando-se dos representantes de centros acadêmicos e representantes discentes como bodes expiatórios das direções locais em processos de sindicâncias e até mesmo na justiça comum, como vimos em Araraquara.

Não fosse suficiente a negação por parte da direção em aceitar os representantes eleitos em assembleia, com o argumento de que a maioria deles eram primeiranistas (afastando assim os ingressantes dos debates da instituição, como se fossem menos preparados), a portaria ainda impõe no artigo 6º que o processo deverá ser realizado por meio eletrônico e on-line, e não mais sob controle dos estudantes em seus espaços de auto-organização.

Respaldando-se em um estatuto oriundo da ditadura militar, que suspendeu 95 alunos em 2014 e expulsou 17 na UNESP Araraquara, a REItoria impõe mais esse ataque à autonomia dos alunos e suas assembleias. Os alunos do IA já organizaram atos na direção e votaram repúdio à portaria 23 em sua assembleia; a mobilização deve continuar no conjunto das unidades contra mais essa intransigência na instituição que é referência em repressão.




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