×

Dia 23 de setembro: um dia para celebrar o Orgulho Bissexual é também parte da luta pela emancipação da sexualidade. Ser bissexual não é uma moda.

quinta-feira 24 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: reprodução

A celebração existe desde 1999, por iniciativa de três ativistas norteamericanos: Wendy Curry, Michael Page e Gigi Raven e tem nas cores azul, rosa e púrpura a representação da atração sexual pelo sexo oposto, pelo mesmo sexo e por ambos, respectivamente.

Segundo os próprios ativistas, a importância de um dia para celebrar o Orgulho Bissexual é porque “depois da rebelião de Stonewall, a comunidade gay e lésbica cresceu em força e visibilidade. A comunidade bissexual também cresceu em força, mas em muitos aspectos ainda somos invisíveis. O que se expressa, por exemplo, pelo condicionamento da sociedade em tachar automaticamente um casal caminhando de mãos dadas como hetero ou homossexual, dependendo do gênero de cada pessoa”.

Nesse sentido, tirar da invisibilidade o livre debate e, principalmente, a batalha pelo livre exercício da sexualidade é parte fundamental, como disse Andrea D’Atri, da luta por uma sociedade onde não seja necessária a regulamentação de nossos vínculos sexuais e afetivos para que alguém possa cuidar de nós quando adoecemos ou para que não fiquemos sem teto quando a pessoa com quem o compartilhamos morre.

Em tempos de ofensiva contra as mulheres, negros e LGBTs, encabeçada por figuras nefastas como Damares Alves, Bolsonaro, bancada evangélica, entre outros, é fundamental se apoiar em cada fio de continuidade da história que aponte a perspectiva da batalha pela emancipação de nossas vidas e nossa sexualidade dos grilhões patriarcais e capitalistas.

Pode interessar os artigos de Andrea D’Atri:

Tempos de desejos: sexo e capitalismo
O desejo sob suspeita




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias