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GOVERNO BOLSONARO | Por demagogia, Bolsonaro admite relaxar teto de gastos. Os trabalhadores precisam derrubá-lo

Nessa semana, o debate dentro do governo sobre o teto de gastos veio a público com Bolsonaro querendo relaxar um pouco essa medida que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação. É necessário a derrubada total dessa medida que precariza ainda mais a vida dos trabalhadores.

sexta-feira 14 de agosto de 2020 | Edição do dia

Nessa semana, o debate dentro do governo sobre o teto de gastos veio a público com a debandada de diversos auxiliares do ministério da economia. A pressão do mercado tomou as páginas dos noticiários devido ao conflito entre Guedes e Bolsonaro, que quer ultrapassar cerca de 20 bilhões o teto de gastos, coisa inadmissível para o banqueiro Paulo Guedes, que defende as privatizações e a precarização do trabalho.

Tudo isso surge no mesmo momento onde as pesquisas mostram um avanço de 10% na popularidade do presidente, principalmente nos setores mais pobres onde os programas sociais tem um grande peso, como o auxílio de R$600,00 efetuado nesse período de pandemia. De olho nesse apoio, Bolsonaro faz demagogia com a população deixando o mercado financeiro nervoso. Com a possibilidade do Teto ser furado, as chantagens imperialistas com a alta do dólar já começaram.

Isso não significa que Bolsonaro pensa em destinar os recursos públicos em sua integralidade, para beneficiar a população. O presidente continua com seu ministro ultra neoliberal Guedes, defendendo o teto de gastos para pagar religiosamente a dívida pública. Ou seja, trilhões para o mercado financeiro, miséria e trabalho precário para o povo. Essa manobra de Bolsonaro é apenas para tentar garantir o apoio que ganhou em setores que recebem o auxílio emergencial e outros programas sociais e de infra estrutura. Porém a lógica econômica não será afetada, continuaremos com recursos escassos para saúde, educação, moradia........e com recursos abundantes para bancos e especuladores, afinal é pra isso que serve o famoso teto de gastos.

É necessário uma unidade de todos os trabalhadores para enfrentar esse período de pandemia e crise econômica que passamos. Os governos e os patrões estão a pleno vapor atacando direitos e promovendo demissões. As centrais sindicais precisam sair da inércia e organizar imediatamente uma grande mobilização contra a retirada de direitos e o desemprego. Não podemos aceitar que os trabalhadores paguem pela crise. Bolsonaro faz demagogia mas governa para os patrões, aprovou a reforma da previdência, e segue atacando direitos trabalhistas. Só uma mobilização independente dos trabalhadores pode derrubar esse governo de extrema direita e apontar uma saída progressista para a população, impondo uma assembléia constituinte livre e soberana que mude a constituição do país e as regras do jogo, revogando todas as reformas e ataques a direitos promovidas pelos governos Temer e Bolsonaro.




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