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REPRESSÃO NAS FAVELAS CARIOCAS | Polícia e Forças armadas fazem operação em comunidades da zona norte do Rio

quinta-feira 30 de novembro de 2017 | Edição do dia

As Polícias Federal e Militar, com o apoio de 1.500 homens das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) realizam, desde a 5h desta quinta-feira, 30, uma operação nas comunidades Vila Joaniza e Barbantes, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

Segundo informações da Polícia Militar, algumas ruas da região estão interditadas e o espaço aéreo está controlado, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos da capital.

De acordo com o Coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, esta operação nas comunidades está sendo feita após ações criminosas realizadas na região no último fim de semana.

"As Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco nas comunidades e baseadas em pontos estratégicos. A operação requer identificação e revista dos moradores, o que causa muitas vezes um desconforto, mas este protocolo é necessário para aumentar a segurança no local", explicou o Coronel. O "desconforto" mencionado pelo coronel significa uma repressão constante à população local, com diversos abusos e ações ilegais, além da constante ameaça de ser alvejado pelas balas da polícia e do exército, como vimos na brutal operação da Rocinha há poucos meses.

Segundo o porta-voz do CML, esse cerco faz parte do Plano Nacional de Segurança para combater o crime organizado no Estado. No sábado, 25, traficantes da favela Vila Joaniza expulsaram policiais do Posto de Policiamento da comunidade. Segundo a polícia, criminosos picharam e depredaram o posto policial, como uma espécie de vingança, já que a PM teria impedido a realização de um baile funk no local. Assim, vemos que o papel da polícia de vigilância e controle em nada serve para garantir qualquer tipo de segurança, mas sim para aumentar a repressão nas favelas.




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