Nesse fim de semana, um homem foi preso na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, ao ser abordado por não usar máscara e se recusar a dar os documentos para Grupamento Especial de Praia e Marítimo (GPM).
segunda-feira 20 de julho de 2020 | Edição do dia
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No último sábado, dia 18, um homem de 25 anos acompanhado por outras pessoas fora abordado por guardas municipais do Grupamento Especial de Praia e Marítimo (GPM) por não estar utilizando máscara na praia naquele momento. Em um vídeo gravado pelos próprios agentes, foi comentado que a pessoa abordado não tinha obedecido as ordens de se utilizar a máscara e se recusado a oferecer os documentos para a guarda. Também podemos notar os próprios guardas utilizando armas de choque para contê-lo, ao resistir a abordagem. Por conta dessa situação, o homem também foi indiciado por desacato, desobediência e resistência.
Novamente, vemos a polícia se utilizando da violência em nome da contenção da pandemia. Porém, isso numa região onde não existem testes suficientes para a realização de uma quarentena mais racional, assim como outras diversas denúncias de sub-notificação e de recentes desativações de leitos. No mesmo dia, em Santos, houve uma abordagem totalmente diferente com um desembargador que não só ofendeu os guardas municipais, como também rasgou a multa que foi aplicada, além do mesmo ter ligado para o secretário de segurança da cidade questionando a aplicação da multa.
Isso só ilustra o papel que a polícia cumpre, não só como um braço armado para garantir as leis e desigualdades que o Estado perpetua, como também do tratamento diferenciado entre um “desembargador” e uma pessoa “comum” não cumprindo a mesma lei. Por isso, nós do Esquerda Diário viemos defendendo o fim dessa instituição, e nos apoiando fortemente nas imensas mobilizações antirracistas nos Estados Unidos e no mundo para discutir e questionar profundamente a polícia e as desigualdades sociais, sobretudo em meio a pandemia.