A notícia do vazamento do jogo no Brasil levou a internet a loucura nos últimos dias, o jogo que já foi lançado oficialmente na Austrália, Nova Zelândia e EUA ainda não tem data para o Brasil.
sexta-feira 8 de julho de 2016 | Edição do dia
Imagem: Nintendo
Nos últimos dias a internet foi à loucura com a notícia do possível acesso ao jogo antes mesmo de ser lançado no Brasil. O download era feito através de uma desvinculação dos celulares do seu país de origem, nos iOS, e em links não-oficiais para Android. Através do link vazado alguns usuários tiveram a oportunidade de já começar a sua jornada Pokémon, muitos só puderam provar do gostinho deste novo mundo, mas sem ter acesso a nenhum elemento do jogo.
Em resposta da Niantic, empresa desenvolvedora do jogo, desativou as funções do aplicativo para o Brasil e se pronunciou, em blog oficial, que o lançamento será feito de modo progressivo e que em breve o Brasil será incluído. Usuários que conseguiram sincronização com a conta do Google terão seu progresso mantido, caso contrário todos serão reiniciados.
O jogo faz parte dos aplicativos de “realidade aumentada” - que buscam integrar elementos virtuais e do mundo real, possibilitando a execução de nossas tarefas de uma nova maneira e com uma percepção adicional – utilizando a localização do usuário, obtida por GPS e internet móvel, e um dispositivo capaz de transmitir imagem (câmera ou webcam) será possível localizar Pokémon próximos de onde você está e tentar captura-los. Um dos pontos altos do jogo é o fato de ele “te botar para andar”, interagindo com a realidade. Como não se empolgar com a possibilidade de você estar andando pela rua do seu bairro e aparecer Squirtle na sua frente?
Dentre as possibilidades oferecidas aos treinadores Pokémon, além de capturá-los, está a disputa por ginásios locais, a evolução e o treinamento em batalha, a incubação de ovos Pokémon, que podem ser encontrados no mapa, entre outras que ainda poderão ser descobertas após o lançamento.
Devido ao fato de o jogo assumir a liderança no ranking de downloads de aplicativos para iTunes desde a quarta-feira, data em que foi lançado nos EUA, as ações da Nintendo subiram cerca de 9% nesta sexta-feira, 8, atingindo o maior nível dos últimos dois meses. A empresa, que não está bem, pode enxergar esta como uma oportunidade de relocalização no segmento e jogar os holofotes para os modelos de games que já vinha investindo, com maior interação do mundo real, competindo assim com os complexos gráficos de seus concorrentes. Analistas do mercado já olham com bons olhos a repercussão gerada no lançamento e avaliam que “o potencial de monetarização criada pelas compras dentro do aplicativo supera todas as expectativas”.
O jogo é totalmente gratuito, mas há a venda do acessório Pokémon Go Plus que custa US$34,99 (aproximadamente R$117,43, na data de escrita desse artigo. Sem imposto e custo de importação) e consiste em uma pulseira que lhe notifica sobre a localização de Pokémon próximos sem precisar ficar olhando para a tela do celular.
Mesmo em meio à crise financeira, o mercado de games ainda apresenta um crescente, muito se dá pelo avanço em novas plataformas, a familiaridade chamada “geração X” com a tecnologia e também pela diversificação do mercado, que deixa de se direcionar ao público infantil e passa a abarcar adultos de diferentes sexos e faixas etárias. Com esse lançamento, a “democratização” do mercado de games extrapola também a questão física, não será necessário mais um console específico, com uma televisão de alta qualidade e grandes dispositivos de armazenamento, com um celular, câmera e internet móvel será possível o acesso ao jogo. É possível afirmar que é um passo adiante no desenvolvimento de jogos para dispositivos móveis.
De fato, com o lançamento de Pokémon Go, aumenta muito o acesso de usuários a chamada “realidade aumentada” o que poderá caracterizar um novo ramo de mercado dentro do segmento, e uma possível válvula de escape para as empresas deste ramo frente a crise criada pelos próprios capitalistas.
