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PETROBRÁS | Petroleiros vão completar uma semana de greves e mobilizações em diversos estados

Greve, paralisações e diversas mobilizações atingem mais unidades da empresa. É urgente uma greve nacional.

quarta-feira 10 de março de 2021 | Edição do dia

Os trabalhadores da Petrobrás completaram 6 dias de greves e mobilizações em diversos estados do país. Na Bahia são 6 dias de greve, no Espírito Santo, no Amazonas, São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais há diferentes medidas de luta como greves, paralisações e mobilizações em curso. Na Bahia, nos campo terrestres de Taquipe, petroleiros se mobilizaram lutando por segurança e contra as demissões, em mobilização que se soma à greve da RLAM, refinaria posta à venda por Bolsonaro.

No estado de São Paulo, trabalhadores da Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, se mobilizaram nos últimos dias. Em Minas, houve atraso nos turnos na Regap, assim como houve na Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e no Terminal Aquaviário Suape, em Pernambuco.

Em MG, os trabalhadores protestaram contra as condições de segurança na Refinaria Gabriel Passos, pedindo efetivo mínimo de trabalhadores, tabela de turnos e medidas de prevenção contra a covid-19. Já em Pernambuco, a pauta de protesto era contrária ao sexto aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha neste ano, junto à cobrança de condições seguras de trabalho.

Diversas pautas específicas se desenvolvem em meio ao pano de fundo de destruição de empregos e direitos ameaçados pelas privatizações e toda a precarização do trabalho e condições de segurança na empresa para abrir caminho para a privatização. Além disso a privatização implica em aumento dos preços dos combustíveis, para enriquecer milionários e bilionários acionistas privados, sejam eles da Petrobras ou dos futuros compradores das refinarias à preço de banana.

A atual situação política nacional, que combina divisões dos de cima, refletindo-se na críticas de acionistas a intervenção de Bolsonaro na Petrobras, e mais ainda na decisão de Fachin que devolveu os direitos políticos à Lula para tentar mudar a forma mas manter intacto o legado golpista da Lava Jato e do próprio STF, é uma importante oportunidade para a classe trabalhadora oferecer uma resposta independente. Em meio ao descontentamento com o preço dos combustíveis e tantas divisões nas alturas a urgência da luta contra a privatização poderia não somente enfrentar esse ataque histórico como também oferecer uma resposta para garantir combustíveis baratos.

Para isso é necessário a unificação da categoria em uma grande greve nacional que seja uma batalha e não o adiamento do combate ou sua fragmentação como agora está acontecendo. Nessa luta os petroleiros precisam contar com sua própria força, esses ataques não vem só das mãos de Bolsonaro e Guedes, contaram com o aval dos militares no Conselho de Administração da Empresa, contam com o aplauso da Globo e toda mídia golpista e estão acontecendo graças ao STF que autorizou a empresa a realizar privatizações sem licitação e até mesmo sem votação no Congresso.

Para organizar uma luta à altura do ataque em curso e da oportunidade na situação nacional os petroleiros precisam se organizar pela base, impor aos sindicatos uma forte greve, garantir a realização de assembleias onde não estão sendo realizadas e a unificação nacional da categoria em um comando de cada refinaria, terminal e plataforma. A confiança disseminada em um general, como fizeram o PT, a CUT e a FUP contribuiu para desorganizar o que já deveria ser uma grande batalha contra as privatizações. Os petroleiros não podem esperar que sejam das mãos de inimigos como o STF, ou os militares que será derrotado um ataque tão importante como as privatizações. O mesmo vale para esperar por 2023 sendo que até lá se desenha todo um desmonte da empresa. A privatização tem que ser derrotada pela luta de classes.




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