Segundo dia de paralisação dos petroleiros na RLAM, unidade que está sendo privatizada. Sua luta precisa se tornar uma greve nacional.
sábado 6 de março de 2021 | Edição do dia
Fotos: Sindipetro-Bahia
Os petroleiros da Bahia entraram hoje em seu segundo dia de greve se enfrentando com o ataque da Petrobras ao direito de greve, mantendo trabalhadores dentro da refinaria em cárcere privado. A greve na Bahia acontece em meio ao projeto de Bolsonaro de privatizar metade das refinarias do país e seguir roubando cada trabalhador com combustíveis caríssimos. Sua mobilização já foi acompanhada por atrasos e outras ações em diversas unidades petroleiras pelo país, é possível e ao mesmo tempo urgente uma greve nacional de toda a categoria.
Os combustíveis estão caros devido à paridade com dólar e o preço internacional do petróleo, como denunciam os petroleiros. O Brasil produz petróleo e tem condições de refinar gasolina, gás de cozinha e diesel suficientes para o país e por preços baratos, mas para isso é preciso derrotar a privatização e lutar para mudar a Petrobras de cabo a rabo.
Esses preços absurdos, as demissões, acidentes, contaminações em massa por Covid, entre tantos absurdos que hoje acontecem na Petrobras se deve a sua administração para garantir lucros exorbitantes aos acionistas imperialistas da Petrobras que já somam hoje 43,11% do capital da empresa. Para garantir os empregos e direitos dos petroleiros, combustíveis baratos para toda a população, é preciso lutar por uma Petrobras 100% estatal, administrada democraticamente pelos trabalhadores. Essa luta começa por uma forte greve nacional contra as privatizações que estão em curso.
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Bolsonaro interveio na Petrobras, colocou um general que foi ministro de Temer, mas tanto ele como o general já deixaram claro que não mexerão no preço internacional, ou seja, farão cada brasileiro pagar em dólar para garantir os lucros dos acionistas privados da Petrobras e também os lucros exorbitantes que terão os compradores das refinarias privatizadas. Porém mesmo com o general falando isso há quem, como o PT e diversos dirigentes sindicais petroleiros, elogiem o general gerando confiança que ele seria nacionalista e isso contribuiu a atrasar e desorganizar a presente greve, como foi criticado nesta coluna.
É preciso confiar somente na força dos petroleiros e da classe trabalhadora para barrar as privatizações e lutar por combustíveis baratos para toda a população.
O Esquerda Diário coloca toda sua energia para apoiar a luta dos petroleiros da Bahia e de todo país.