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FARSA DA INTERVENÇÃO FEDERAL | Pesquisa indica que Globo espalhou mentiras sobre o Carnaval para militarizarem o Rio

O Instituto de Segurança Pública (ISP) publicou, no dia 16/02, dados que comprovam que os casos registrados de crimes cometidos no carnaval do Rio de Janeiro diminuíram em 2018. Dados que demonstram a desinformação e sensacionalismo para justificar a intervenção, enquanto pregam mais repressão para solucionar os problemas que os políticos e capitalistas perpetuam no estado.

segunda-feira 19 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

As informações do ISP afirmam que entre 2015 e 2018 a criminalidade no carnaval diminuiu em 35%. Esse dado se baseia no número de ocorrências registradas na polícia de distintos tipos de crime. Veja os dados completos aqui. Apesar de serem dados parciais, demonstram que o governo se baseia no sensacionalismo e na desinformação que a grande mídia, a mesma que apoia o avanço do golpe no país, promove. Fato que até mesmo o general interventor cinicamente admitiu.

Diante desse cenário, o presidente Golpista Michel Temer, atendendo a um pedido de Pezão, decretou, no dia 16 de fevereiro, uma intervenção do exército no Rio de Janeiro. Nesse decreto, Temer nomeou o General Walter Souza Braga Netto como interventor federal na Segurança Pública do Rio. Esse General teve sua primeira ação mais conhecida quando foi Coordenador Geral de assessoria especial dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, no qual, pela segurança, militarizou e reprimiu principalmente as favelas cariocas, trazendo mais terror.

Se a polícia já mata inúmeros jovens, mulheres, crianças, negros diariamente, com a presença do exército esse cenário será ainda pior. Para agravar esse cenário, Temer autorizou o exército a realizar mandatos de busca coletivos, que legaliza e intensifica uma prática comum nos morros: invasão das residências, furtos do bens, prisões totalmente arbitrárias e bairros inteiros sitiados.

Veja também: Abaixo a intervenção federal, continuidade do golpe de Temer. Fora as tropas do Rio!

A crise social e a violência no Rio existe de fato, mas para extingui-la é preciso destruir sua causa, e não propor medidas de urgência, midiáticas, que tentam apenas passar uma imagem de que Temer estaria combatendo a violência, mas que de nada adiantarão. A crise, criada pelos capitalistas e alimentada pelos governos vem sendo completamente depositada nas costas dos trabalhadores, criando uma situação de miséria e degeneração social. Enquanto os golpistas precarizam mais ainda as vidas dos jovens negros e dos trabalhadores com a reforma trabalhista, reforma da previdência e, no Rio, com a polícia avançando absurdamente nas favelas, para os capitalistas que lucram horrores eles entregam vários benefícios, como a concessão isenções fiscais bilionárias.

Para acabar com esse cenário no Rio e para tornar os dados de violência de fato menores, precisamos lutar contra esse governo golpista que nunca vai se dispor a extinguir a causa dessa miséria que encontramos e vivemos. Ao povo trabalhador, dizemos que não devem se enganar, mais militarização estão longe de ser a solução para o Rio de Janeiro. Servirá apenas para intensificar a violência contra a população negra e pobre. É preciso implementar uma política de legalização das drogas, cuja produção seja controlada e comercializada socialmente, única resposta real ao crime organizado. Precisamos lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pelos métodos mais radicais de luta dos trabalhadores, como a greve geral, para mudar as regras e acabar com esse regime corrupto que nos explora, com essa democracia degenerada que cerceia nosso direito ao voto e impõe medidas profundamente autoritárias e repressivas. Apenas fazendo com que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmos criaram, podemos resolver verdadeiramente o problema que gera toda essa violência social, expropriando seus bens e colocando sobre controle dos trabalhadores.




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