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ENCHENTES EM PERNAMBUCO | Pernambuco: ou seca ou enchente

segunda-feira 29 de maio de 2017 | Edição do dia

No interior do Pernambuco as chuvas que aliviam a seca se transforma em catástrofe social. O grande volume de chuva, que não ocorria desde 2010, já deixou pelo menos 35 mil desabrigados e desalojados nas regiões do Agreste e da Mata Sul do Estado desde a semana passada. Duas pessoas morreram, em Lagoa dos Gatos, e outras duas estão desaparecidas, na cidade Caruaru. O governador Paulo Câmara decretou estado de calamidade em 14 municípios.

Na cidade de Palmares - onde a precipitação chegou a 192 mm nas últimas 48 horas - 17 mil, dos 65 mil moradores tiveram que sair de suas casas devido as enchentes e os deslizamentos, enquanto escolas estão funcionando como abrigos improvisados. De acordo com informações da prefeitura local, a zona rural foi tão atingida quanto a urbana.

Milhares de pessoas perderam suas moradias e todo o pouco que conquistaram com o suor de seu trabalho. A precariedade social da estrutura pública e da moradia popular é uma sínica ironia, pois a chuva que deveria trazer alívio para a seca, e propiciar melhorias na condição de vida, transforma-se em mais um pesadelo, levando casas e vidas nas enchentes e nos deslisamentos, devido ao total despreparo do Estado para prevenir tais catástrofes fornecendo o mínimo de estrutura para população. Sem contar o subaproveitamento do potencial hídrico destes momentos excepcionais de grande volume de chuva nestas regiões. Todos os anos no Brasil os picos de pluviais atingem a população pobre e trabalhadora, de Norte a Sul do país. Todos os anos as autoridades alegam terem sido pegas de surpresa. Nas regiões do nordeste, onde as condições de vida são ainda mais precárias, o dilema da sobrevivência está presente nos dias de seca e nos dias de cheia. Enquanto isso os ricos e seus políticos, que vivem da exploração do nosso trabalho, estão seguros em suas mansões.




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