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HOMOFOBIA DE BOLSONARO | Perante a homofobia de Bolsonaro, PCdoB prefere defender a marca do Guaraná Jesus

Políticos maranhenses do partido, como o governador Flávio Dino, o deputado federal Márcio Jerry e o candidato a prefeito de São Luís, Rubens Pereira Jr., se pronunciaram em defesa do Guaraná Jesus, que pertence a Coca-Cola, secundarizando ou ignorando a homofobia da declaração de Bolsonaro.

sexta-feira 30 de outubro de 2020 | Edição do dia

(Foto: Reprodução)

Em visita ao Maranhão na última quinta-feira (29/10), o presidente Jair Bolsonaro fez uma repugnante declaração ao tomar Guaraná Jesus, um refrigerante tradicional do estado, ao dizer “Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”

O governador maranhense, Flávio Dino (PCdoB), classificou a fala de Bolsonaro como “piada sem graça”, além de falar sobre a “habitual falta de educação e decoro” do presidente. Além disso, em uma live, disse que o Brasil precisa de “energia patriótica”, e chamou a população a beber Guaraná Jesus, que em suas palavras é “o guaraná do povo do Maranhão”. Ele fará, também, uma live as 12h desta sexta (30/10) com a bisneta do criador do guaraná, mesmo que a marca hoje em dia pertença a multinacional americana Coca-Cola.

Por sua vez, o deputado federal e presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, disse que Bolsonaro zombou dos maranhenses de maneira preconceituosa e homofóbica, ao desrespeitar um “patrimônio do Maranhão”, e chamou o presidente de moleque. Ele reivindicou também um “jesuszaço” que irá ocorrer no Centro de São Luís nesta sexta, para homenagear a marca e repudiar Bolsonaro.

O deputado federal e candidato a prefeito de São Luís, Rubens Pereira Jr. também se pronunciou através do Twitter, postando fotos e vídeos tomando Guaraná Jesus enquanto faz campanha. O candidato também classificou a fala de Bolsonaro como preconceituosa, sem, no entanto, fazer referência a homofobia.

Esta é mais uma demonstração do oportunismo do PCdoB, o mesmo partido que votou a favor de perdoar as dívidas bilionárias das igrejas evangélicas, e agora é vacilante no enfrentamento a uma declaração abertamente homofóbica de Bolsonaro. A defesa intransigente da população LGBT é uma bandeira da qual a esquerda não pode abrir mão, nem secundarizar ou negociar.




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