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REFERENDO SOBRE O BREXIT | Pequena vantagem do “brexit” um dia antes do referendo

quinta-feira 23 de junho de 2016 | Edição do dia

A saída da UE obteria 45% dos votos, contra 44% na opção de seguir com a Europa, de acordo com uma sondagem realizada por Opinium baseado em 3.011 entrecistas, enquanto o “brexit” teria 43% contra 41% a favor da permanência, de acordo com TNS, que entrevistou 2.320 pessoas.

O primeiro estudo, elaborado entre segunda e hoje, aponta que 9% dos possíveis votantes, no entanto, ainda não decidiu seu voto, enquanto a segunda pesquisa, para o qual se realizaram entrevistas entre a quinta-feira passada e hoje, indica que 16% está indeciso ou não pretende comparecer às urnas.

Apesar da sondagem de TNS apontar uma vantagem para o “brexit”, a diferença entre os dois campos diminuiu desde 14 de junho, quando uma pesquisa da mesma empresa apontava para uma distância de sete pontos favoráveis à saída da UE (47% contra 40%). No caso do estudo de Opinium, o “brexit” avançou um ponto desde o último sábado, quando a instituição prognosticava um empate de 44% na votação.
Adam Drummond, porta-voz da Opinium, afirmou que o resultado da consulta parece estar “apertado demais para predefinir um vencedor”, e ressaltou que “tudo depende” da opção dos indecisos na última hora.

“Apesar de que nas campanhas de referendos geralmente vejamos movimentos em direção à posição do ’status quo’ à medida em que se aproxima a votação, isso não ocorreu nas nossas pesquisas”, assinalou Drummond. “O campo pela permanência só pode esperar que isso ocorra nos próprios colégios eleitorais”, afirmou.

Por parte da TNS, Luke Taylor ressaltou que “uma parte importante da população se mostra indecida ou afirma que não irá votar, fato que dá uma incerteza sobre o possível resultado do referendo”. “Nossa última pesquisa sugere que o campo que defende a saída está em uma posição mais forte que o da permanência, mas devemos reforçar que no referendo sobre a independência da Escócia (setembro de 2014) e no de Quebec em 1995 houve uma mudança de última hora em direção ao ’status quo’”, indicou.

Diversas sondagens haviam prognosticado nos últimos dias uma vitória da permanência na União Europeia (UE), particularmente depois do assassinato da deputada trabalhista pró-europa Jo Cox, que comoveu o Reino Unido na quinta-feira passada.

Contudo, a menos de 24 horas do início da votação, o resultado é totalmente incerto. Um triunfo do “brexit” pode abrir uma crise sem precedentes no governo britânico e na UE, com repercussões imprevisíveis hoje.




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