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CRISE PENITENCIÁRIA | Pelo menos 134 pessoas foram assassinadas em presídios brasileiros em 2017

segunda-feira 16 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Pelo menos 134 pessoas foram assassinadas em presídios brasileiros no ano de 2017. Em menos de um mês, o número chega a 36% dos assassinados contabilizados no ano passado - em 2016, pelo menos 372 pessoas foram mortas dentro dos presídios de todo o país - mais de 1 por dia.

O número 134 é contabilizado a partir dos três massacres ocorridos em Manaus, Roraima e agora Rio Grande do Norte mais alguns assassinatos esporádicos em outros estados, como no PR, SP, PB e AL.

No Amazonas foram contabilizados 67 assassinatos, a grande maioria ocorrida no complexo penitenciário Anísio Jobim. Em Roraima 33. Agora o número antes desconhecido pelo secretário de segurança do Rio Grande do Norte chegou à marca de 26 mortos, a grande maioria decapitados e alguns corpos carbonizados.

Em cada um dos outros estados, onde houve conflitos com a PM ou entre os presos, 2 pessoas morreram em cada um ainda neste ano.

Os dados são da Folha de S. Paulo desta edição de segunda-feira (16). Não há como saber por certo, mas a probabilidade de estes números serem menores do que a realidade é alta.

O último massacre, ocorrido no maior presídio do Rio Grande do Norte, escancarou mais uma vez algumas das razões da crise do sistema penitenciário, relacionadas às cadeias superlotadas. A penitenciária de Alcaçuz abrigava mais de 1.000 presos, sendo que possui capacidade apenas para 620, segundo dados da Secretaria de Justiça. Todo o estado do RN apresenta quadro semelhante, com um número de presos significativamente maior do que a capacidade: mais de 8.000 detentos para uma capacidade de 4.400 presos divididos em 32 unidades prisionais.




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