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Pelo lucro, parlamentares ligados a mineradoras impediram regras mais duras a barragens

Após a tragédia de Mariana, propostas de endurecimento de regras para barragens foram apresentadas no congresso nacional e na assembleia legislativa em MG, porém nem foram votadas devido à pressão de parlamentares ligados a mineradoras.

segunda-feira 28 de janeiro de 2019 | Edição do dia

A proposta que não passava de mera demagogia mostrou sua fragilidade e passou longe de garantir o mínimo de segurança para as famílias que trabalham e moram em torno das barragens: com uma forte pressão de políticos ligados às mineradoras que se preocupam apenas com o lucro, o projeto nem foi votado no congresso nacional. O mesmo aconteceu na assembleia legislativa em Minas Gerais, na qual não votaram uma restrição que estava sendo proposta para impedir a construção de barragens como a que rompeu em Brumadinho, pois já havia sido provado que apesar de mais barata, é menos segura.

O Estado e a Vale são responsáveis pelas mortes e pelas centenas de feridos em Mariana e Brumadinho. As tragédias de rompimentos de barragens que custaram caro aos trabalhadores é um grande exemplo de uma tragédia capitalista causada pela ganância por lucro dos setores privados.

Depois que o crime aconteceu causando mortes, centenas de feridos e devastando cidades inteiras, novamente fazendo demagogia o Estado propõe a mesma medida impotente que não passou de promessa há anos atrás depois de Mariana. Mesmo sabendo de todos os riscos sob os quais a população estava submetida, que foram divulgados por estudos, não atuaram para impedir o rompimento nem para proteger os trabalhadores e o povo da região.

Os donos da Vale precisam ser punidos e expropriados. É necessário um novo modelo, em que aqueles que mais conhecem da produção, os trabalhadores, em conjunto com a população que sofre com a região degradada, controlem a empresa e coloquem a sua produção a serviço do povo.

A saída é a re-estatização de empresas mineradoras como a Vale, ficando sob controle dos trabalhadores. Pois assim não serão os lucros de meia dúzia de empresas capitalistas que serão prioridade, e sim as condições de trabalho, o meio ambiente e a vida da população, que assim estarão garantidas em primeiro lugar.




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