O ministro não teve a vergonha na cara ao convocar todos "para trabalharmos juntos para o Brasil crescer", enquanto a sua aposentadoria seguirá intacta, é claro. E ainda disse que a PEC do teto de gastos "significa mais recursos disponíveis para a sociedade consumir e investir", como quem vive em um conto de fadas.
quinta-feira 7 de dezembro de 2017 | Edição do dia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer nesta quinta-feira, 7, que, se a reforma da Previdência não for aprovada, as despesas do governo federal com pensões e aposentadoria podem chegar a 80%. "Se nada for feito, despesas não cabem no teto do gastos", disse o ministro.
O ministro argumentou ainda que a idade média de aposentaria no Brasil é de 59 anos, enquanto no México é de 72 anos, como se isso pudesse ser parâmetro. Também teve a cara de pau de afirmar, mesmo diante a péssima aceitação da reforma da previdência, que os mais pobres vão se aposentar mais cedo (!).
Meirelles também relembrou a aprovação da PEC do teto dos gastos e disse que as despesas federais chegariam a 25% se não fosse a medida. "Isso significa mais recursos disponíveis para a sociedade consumir e investir", disse.
E, para finalizar com chave de ouro esse discurso tão cínico, convocou todos "para trabalharmos juntos para o Brasil crescer".
A falta de vergonha na cara dos políticos da ordem cresce a cada dia. Mas o nosso ódio também cresce.
Não permitiremos que a crise seja despejada em nossas costas. Queremos imediatamente o fim do pagamento da dívida pública, para que esse dinheiro sirva para garantir os direitos básicos como saúde, transporte e educação a toda a demanda. É preciso impor que todo político e funcionário de alto escalão ganhe o mesmo que uma professora!
