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LAVA JATO | Paulo Skaf, presidente da FIESP recebeu 6 milhões de propina da Odebrecht

O presidente da FIESP, Paulo Skaf, foi citado nas delações da Odebrecht, cerca de 6 milhões foram transferidos ao empresário do PMDB. A FIESP (Federação das Industrias do Estado de São Paulo) foi uma das principais financiadora do golpe institucional, e seu presidente além de ser dos maiores representantes da patronal no Brasil, também se beneficiava de dinheiro público para si próprio.

Isabel Inês São Paulo

domingo 11 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Segundo delação da Odebrecht, “Do total de R$ 10 milhões prometido por Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha ficou responsável por receber e alocar R$ 4.000.000,00. Compreendi que os outros R$ 6.000.000,00, por decisão de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o Sr. Paulo Skaf”. Como um dos principais entusiastas do golpe institucional, Skaf chegou a discursar na FIESP no dia da votação do impeachment, em São Paulo é bastante conhecido como presidente do SENAI, que disponibiliza curso para trabalhos técnicos e fabris.

O Presidente da FIESP já se candidatou a governador em 2010 e em 2014. Apesar de atualmente fazer uma campanha “pro cursos de capacitação profissional” pelo Senai, em 2010 defendia a política neo liberal de pagamento para universidades públicas, e em 2014 discursou contra o direito de greve dos rodoviários. Representante direto da patronal paulista, Skaff defendeu o golpe institucional diretamente para beneficiar os empresários no Brasil, que frente a crise viram no golpe a possibilidade de um novo governo ainda mais ajustador do que o PT.

Enquanto faz campanha dialogando com a juventude trabalhadora, Skaf na realidade defende os interesses dos patrões e repressão a greves, em 2014 dizia que o governador Geraldo Alckmin devia ter usado da polícia para reprimir a greve de rodoviários, “é um problema típico de segurança pública. Esses motoristas não tinham esse direito. Poderia ser o caso de prisão flagrante. Porque não foram instaurados inquéritos policiais?”, abertamente contra o direito de greve.

Além de um aberto explorador, Skaf já havia estado envolvido em casos de corrupção, frente aos quais não defendeu a abertura de inquéritos, como fez contra a greve de trabalhadores. Na sua campanha em 2014 recebeu doações de 2,5 milhões de reais de empreiteiras investigadas pela Lava Jato.

As delações mostram a ligação orgânica do Estado com as empresas e seus interesses, Paulo Skaf mostra que seu discurso anti corrupção não é mais do que demagogia frente ao seu próprio enriquecimento. Ao mesmo tempo que além do beneficio pessoal, Skaf também defendeu o golpe para aumentar o lucro das empresas através da reforma trabalhista e reforma da previdência.




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