terça-feira 24 de janeiro de 2017 | Edição do dia
O presidente da FIESP, Paulo Skaf, que com seus patinhos amarelo foi patrocinador do golpe, procurou representantes do governo Temer nesta segunda-feira (23) para propor que entre no lugar da vaga aberta no STF do falecido ministro Teori Zavaschi, o ministro presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho.
Assim como todos os golpistas que estão aplicando ajustes e ataques contra os trabalhadores, Skaf reivindica a entrada Ives Gandra, por este ser um ministro que já deu declarações de direita e é um representante contra os direitos dos trabalhadores. Uma delas foi insinuar que os trabalhadores se utilizam da justiça para reivindicar, sem razão alguma, direitos negados pela patronal, prejudicando assim os empresários. Além disso, defende a terceirização e reformas que atacam os direitos dos trabalhadores.
Ives Gandra, representante da Opus Dei, também já escreveu escandalosas palavras em defesa da submissão das mulheres em um artigo de um livro organizado pelo seu pai, o ministro Gilmar Mendes e o advogado Carlos Valter d Nascimento, claramente com uma posição de que o casamento serve para a reprodução, como já denunciamos aqui.
Vale lembrar também que o presidente da FIESP e ex-candidato à governador em 2014, também aparece na delação premiada da Odebrecht, de Claudio Melo Filho, ex-vice presidente de Relações Institucionais da Odebrecht. Segundo delação da Odebrecht, “do total de R$ 10 milhões prometido por Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha ficou responsável por receber e alocar R$ 4.000.000,00. Compreendi que os outros R$ 6.000.000,00, por decisão de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o Sr. Paulo Skaf”.
Não é à toa que Skaf faz coro com os que querem indicar Ives Gandra para a vaga do STF, ele representa a patronal golpista contra os direitos dos trabalhadores, em 2014 quando era candidato, discursou contra o direito de greve dos rodoviários. Além de estar envolvido em escândalos de corrupção defendeu o golpe para aumentar o lucro das empresas através da reforma trabalhista e reforma da previdência.
