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ESCOLA SEM PARTIDO | Paulo Serra e PM botam em prática Escola Sem Partido prendendo professor em Santo André

O reacionário projeto Escola Sem Partido gera repúdio entre alunos e educadores e busca calar e perseguir os professores, e criar escolas sem nenhum tipo de pensamento crítico. Um professor que panfletava contra esse ataque foi preso em Santo André pela Polícia Militar, mostrando que a repressão do Escola Sem Partido não se limita às salas de aula.

quarta-feira 20 de setembro de 2017 | Edição do dia

Em diversas cidades os políticos burgueses aprovam leis desta natureza para transformar as escolas em espaços vazios de pensamento crítico e reflexão política. Este projeto tem o objetivo, primeiramente, de calar e perseguir os educadores, e faz isso esvaziando as escolas de qualquer tipo de reflexão crítica e mesmo reflexões básicas como direitos humanos, diversidade, enfim.

Uma "escola sem partido" é, na verdade uma escola amordaçada onde somente as ideias conservadoras têm espaço. O projeto ataca a educação podando uma parte fundamental dela, seu conteúdo humano, que hoje já é garantido de maneira precária devido ao sucateamento da educação pública, mas que os políticos de direita pretendem extinguir completamente.

É essa educação que eles querem para a juventude, com alunos e professores amordaçados para que eles possam desfrutar de seus privilégios, roubar recursos públicos e sucatear ainda mais a educação "em paz". Porém, professores e alunos vêm se levantando contra este retrocesso da direita, que tem saudades dos tempos da ditadura, quando os militares decidiam quais conteúdos podiam ou não ser discutidos em sala de aula.

Nesta quarta (20) um grupo de professores e ativistas panfletava contra o Escola Sem Partido na estação Santo André quando foi abordado de maneira truculenta pela Polícia Militar. Um dos professores foi acusado de desacato por filmar a ação absurda da PM, e foi detido, sendo mantido por horas na delegacia. Tudo isso por panfletar contra um ataque absurdo a sua categoria e sua atividade de trabalho.

Enquanto o projeto Escola Sem Partido busca impôr uma mordaça aos professores e alunos dentro da sala de aula, a polícia reprime e cala os educadores fora da escola. Assim é nas greves de professores e também na luta contra os ataques da direita à categoria.

A educação não pode se calar. Apoiando a greve dos professores do Rio Grande do Sul em cada escola e seguindo seu exemplo de luta e organização é possível combater esses ataques. Contra a direita e os políticos burgueses que atacam a educação, é necessário exigir dos sindicatos que organizem a luta. Na próxima sexta e também no fim de semana o movimento LGBT organiza em diversas cidades atos contra a reacionária liminar da Cura Gay. É fundamental que professoras e professores de todo o país estejam em peso neste movimento, em unidade com outros setores que também são perseguidos pela direita reacionária.




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