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ECONOMIA | Patrões e burocracia sindical atacam o salário e direitos dos trabalhadores

quinta-feira 11 de agosto de 2016 | Edição do dia

A maior parte essas reduções (63%) aconteceu por fora do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançando no ano passado para atacar o salário dos trabalhadores com a desculpa de impedir que as empresas realizem demissões. De acordo com o site G1, Sindicatos e patrões fecharam 209 acordos do tipo com a promessa de manter os empregos, contra 49 nos seis primeiros meses do ano passado.

Só o PPE não basta. Mídia e patrões querem ataques mais profundos

Dentro com o PPE, o trabalhador que tem a jornada reduzida em 30% recebe um salário até 15% menor. Por fora do programa a redução salarial pode ser maior, desde que seja aceita pelo sindicato. Para fazer parte do programa, é preciso estar em dia com os direitos dos trabalhadores e comprovar que demitiu mais trabalhadores do que contratou nos últimos 12 meses.

Como o PPE vence em dezembro de 2017, o governo golpista anunciou que vai enviar ao Congresso um projeto para torná–lo permanente. Até maio, o programa atendeu desde sua criação 49 mil trabalhadores, cinco grandes montadoras e 53 fornecedores.

O ministro golpista do trabalho, Ronaldo Nogueira, disse no último dia 21 de julho que defende a prevalência dos acordos coletivos sobre as leis trabalhistas somente em ‘’pontos específicos’’. Ele citou como exemplo a diminuição dos salários, um dia após anunciar que o governo golpista enviará ao Congresso propostas de mudanças na CLT ainda neste ano.

Enquanto os patrões estão lucrando, procuram de diversas maneiras, atacar mais os trabalhadores para poder faturar cada vez mais. Uma das saídas que estão encontrando é diminuir o salário dos trabalhadores, não importando nem um pouco se a inflação está fazendo com que o preço dos alimentos, da moradia e de outras questões básicas para a vida dos trabalhadores esteja aumentando.

Agora se organizam através da grande imprensa, para fazer com que o PPE (Plano de Proteção ao Emprego) ataque mais ainda os direitos dos trabalhadores. Isto apenas mostra que os patrões possuem o interesse em medidas cada vez maiores contra os trabalhadores e vão fazer de tudo para que seja imposto.

Estes ataques contam com a participação da burocracia sindical, que cumpre um papel de ser transmissor destas medidas no chão da fábrica. Através de reuniões que sempre acontecem de portas fechadas para os trabalhadores, uma meia dúzia de burocratas buscam sempre obter um acordo coletivo sempre rebaixado para os trabalhadores. É preciso que a CUT, CTB rompam com a sua passividade, assim como a Força Sindical rompa com o governo golpista para organizar um plano de luta contra estes ataques que estão sendo anunciados.

Que os grandes empresários e banqueiros paguem pela crise. Achamos que para que isso ocorra tem que ser através de uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela força da mobilização dos trabalhadores e setores populares da sociedade. Só assim podemos taxar as grandes fortunas, assim como expropriar sob controle dos trabalhadores todas as fabricas que fecharem e impor uma lei que proíba as demissões.




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