segunda-feira 8 de abril de 2019 | Edição do dia
Nós do Esquerda Diário e do grupo de mulheres Pão e Rosas estamos organizando na UFRN e no IFRN um grupo de estudos com objetivo de resgatar fundamentos básicos do marxismo a partir do legado de dirigentes revolucionários como Rosa Luxemburgo, Lênin e Trotsky. Seus estudos sobre a dialética materialista e batalhas teóricas sobre a estratégia comunista, a relação entre reforma e revolução, o Estado burguês e governo operário, serão alguns temas aprofundados nas próximas semanas.
O objetivo desse grupo é dar continuidade aos primeiros debates sobre a Revolução Russa e as grandes discussões políticas e estratégicas que aconteceram no lançamento da biografia “Rosa Luxemburgo – Pensamento e Ação”, que ocorreu no último dia 29. Pois o papel do marxismo hoje é conseguir apresentar um projeto de sociedade que não se contente com a miséria das crises capitalistas ou com a estreiteza no olhar dos reformistas.
Precisamos que passe a existir nas universidades e escolas uma juventude marxista disposta a apostar na aliança com os trabalhadores para derrotar a Reforma da Previdência, os cortes de bolsa de pesquisa e de verbas escolares, a privatização dos tubarões de ensino, o vestibular, em Natal, o desemprego e a média salarial de R$ 716,00, defender as famílias da multinacional RR Donnoley, os corpos e comunidades indígenas ameaçadas.
Para tanto, as ideias revolucionárias devem estar a serviço de incendiar a passividade da UNE e das centrais sindicais. Em um momento de Fake News da extrema-direita querem reescrever até mesmo a história da ditadura, enquanto militares disparam 80 balas contra uma família, matam um cantor e mais uma vez o sangue negro é derramado pelo Estado de Marielle Franco.
Ao mesmo tempo vemos a governadora Fátima Bezerra (PT) propondo “diálogo” para que alguma reforma da previdência seja aprovada. Ou pior, a Tabata Amaral (PDT) defendendo boa parte da reforma de Bolsonaro. Por que Marcelo Freixo está se propondo a “melhorar” o pacote racista e liberticida de Sergio Moro ao invés de detê-lo? Os sonhos da juventude tem que de ser maiores.
Convidamos todes para ser parte do grupo de estudos, se inspirando na luta dos coletes amarelos para encontrar na teoria revolucionária um guia para a ação prática nessa conjuntura em que ainda há espaço para saídas radicais.
Começa nesta quinta-feira, dia 11 de abril:
• Quintas-feiras - IFRN Cidade Alta (às 18h)
• Sextas-feiras - UFRN, Setor 2 (às 13:30h)
Bibliografia:
Sessão 1: Fundamentos da dialética materialista
