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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Parlamentares defensores da Reforma da Previdência não abrem mão de sua aposentadoria especial

Deputados e senadores se unem para garantir que não sofram com a Reforma da Previdência: não abrem mão do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), a previdência especial que permite os parlamentares se aposentarem com o salário integral, que hoje chega a R$33,6 mil.

terça-feira 28 de maio de 2019 | Edição do dia

A senadora do PSL Soraya Thronicke, em defesa de seu privilégio, diz que: “é descontado mensalmente 11% sobre o valor total do meu salário. Além disso, é exigida uma idade mínima de 60 anos e 35 anos de contribuição, iguais para homens e mulheres, sem distinção”.

Os partidos de senadores que mais optaram pela previdência especial, segundo um levantamento da ONG Ranking dos Políticos, foram MDB, PSDB, PT, PSD, PP, PDT, PSL e DEM. Estes também correspondem aos partidos da Câmara de Deputados, somados ao PCdoB e até mesmo a um voto do PSOL.

A ironia, não menos óbvia, está nos votos favoráveis de Rodrigo Maia e Onyx Lorenzoni, ambos do DEM, que são articuladores da Reforma da Previdência. Ou seja, para os jovens e trabalhadores, trabalhar até morrer, para os congressistas, a garantia da previdência especial, que dá mais que 33 salários mínimos. Enquanto isso, com 20 anos de contribuição, o trabalhador terá direito a receber somente 60% do valor do benefício. A cada ano, se acrescentará 2% até o limite de 100%. Para receber aposentadoria integralmente será preciso contribuir por 40 anos, uma afronta a milhões de trabalhadores que em distintas partes do país não alcançam esse patamar, pela carga de superexploração, pelo desemprego de massas imposto pelos patrões, e pela média de idade nas regiões mais pobres do país.

São esses os que querem aprovar a Reforma da Previdência para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude, mas que, em meio à crise, o congresso pagou viagem para a Europa no Carnaval, que aumentaram 16% de seus privilégios no governo Bolsonaro, em que o cartão corporativo alcançou R$1,1 trilhão de viagens ao exterior, restaurantes caros e outros dados que a população não tem acesso.

Por isso, que os trabalhadores e a juventude precisam estar unificados contra a Reforma da Previdência e que as burocracias estudantis e sindicais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB (CUT, CTB e UNE), que também não querem deixar seus privilégios de lado, sejam superadas.




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