GOLPISMO | Parcialidade de Moro é evidente, mas STF golpista segue arbitrando sobre a política nacional

Há provas infindáveis sobre a parcialidade de Moro, mas manobras e manobras do STF comprovam sua arbitrariedade nas decisões sobre a política nacional

Edson Fachin demorou anos para concluir o óbvio: de que Moro não era competente para julgar Lula. Mudou de voto para preservar a Lava-Jato e ainda tentou impedir votação de suspeição hoje na segunda turma. Agora o ministro indicado pelo negacionista Bolsonaro, Kássio Nunes, pede vistas no processo logo após leitura do voto de Gilmar Mendes e Carmen Lúcia indicar possibilidade de rever seu voto. É um show de manobras para seguir como árbitro da política nacional e manter os direitos políticos de Lula ameaçados.

Esse mesmo STF foi peça fundamental, em 2018, para impedir que Lula fosse candidato. O mesmo Gilmar Mendes, que hoje vocifera contra os crimes da Lava-Jato, votou contra Habeas Corpus de Lula na época, retirando o direito democrático da população em poder votar em quem quiser. Essa corte é grande aliada de Paulo Guedes, Bolsonaro e o Congresso no que diz respeito às privatizações e reformas neoliberais, e agora posa de arauta da democracia.

Não é possível depositar um pingo de confiança no Supremo que até ontem manobrava para garantir a vitória de Bolsonaro e o golpe de 2016. O PT e aliados erram brutalmente ao incitar ilusões na corte, aceitar as manobras antidemocráticas. É preciso confiar na força da classe trabalhadora, não dessa corte que já provou seu golpismo insistentemente ao longo dos anos.