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PRIVILÉGIO MILITAR | Para coroar privilégios, Bolsonaro gasta R$ 1,1 milhão com medalhas aos militares

Dados disponíveis via Lei de Acesso à Informação mostram que mais de R$ 1 milhão foi utilizado pelo governo Bolsonaro para confecção de medalhas aos militares.

sexta-feira 16 de outubro de 2020 | Edição do dia

Foto: reprodução Amazonas Total

Desde o início do governo Bolsonaro e Mourão até então foram utilizados precisamente R$ 1.121.618,04 de dinheiro público para a confecção de medalhas para cerimônias de condecoração na Marinha.

A premiação com valor mais alto é a “Medalha Militar”. Só com ela, ao longo de 2019 e 2020, foram gastos meio milhão de reais. Mais precisamente, R$ 579,6 mil. Já a condecoração “Ordem do Mérito Naval”, criada em 1934 apenas para agradar os militares da Marinha, teve um custo público de R$ 190 mil.

O responsável por nomear os homenageados é o Presidente da República. Alguns dos nomes que receberam essa “singela” homenagem de Bolsonaro são conhecidos inimigos dos trabalhadores e de toda população: o reacionário e racista Abraham Weintraub, Sérgio Moro, Paulo Guedes, Ricardo Salles, Flávio Bolsonaro, entre outros.

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Ou seja, enquanto Bolsonaro diminui o auxílio emergencial para míseros R$ 300 e junto a Paulo Guedes avançam na implementação do ataque aos serviços públicos com a reforma administrativa, eles se divertem premiando uns aos outros com medalhas milionárias que poderiam custear investimento na saúde pública, na educação ou na assistência social.

Ainda, a "boiada" anunciada por Salles está passando destruindo o Pantanal e o meio ambiente enquanto ele carrega no peito um pedaço de medalha que tiraria inúmeras família da fome.

Demagogos profissionais, chamam de "privilégio" os direitos trabalhistas dos servidores públicos que foram conquistados com muita luta para poder precarizar de conjunto toda classe trabalhadora. O que eles não falam é que o privilégio, na verdade, é do alto comando militar, que acumula salários altíssimos, mais de R$ 30 mil por mês. Assim como os políticos burgueses, que recebem muito dinheiro para aprovar no parlamento ataques aos trabalhadores e à juventude pobre. Isso tudo sem contar os “penduricalhos” e as benesses, como essas medalhas militares.

Essa conta ilógica que permite uns poucos acumularem riquezas imensuráveis ao ponto de gastar com medalhas para expor no uniforme enquanto milhões são largados ao desemprego, à precarização e à fome é sustentada pelo sistema capitalista, que nasce e se alimenta da desigualdade social. O governo de Bolsonaro e Mourão veio para aprofundar essa desigualdade e reprimir ainda mais os trabalhadores, a juventude, as mulheres, os negros e os LGBTS. Por isso, é preciso uma luta intransigente contra o governo de Bolsonaro e Mourão e todos os atores políticos que são parte de aprofundar esses ataques e permitir privilégios a uma casta, como o Congresso e o Senado.

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