Bispo da Universal ganharia cargo para colocar panos quentes na relação Bolsonaro/Universal. Os negócios da Universal no continente africano foram abalados com expulsões na Angola, onde são acusados de lavagem de dinheiro, associação criminosa e evasão de divisas. Também são graves as acusações de racismo.
segunda-feira 7 de junho de 2021 | Edição do dia
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Igreja Universal vinha falsamente pregando um não-apoio a Bolsonaro, motivado sobretudo por uma falta de atenção que Bolsonaro e o Itamaraty vinham dando ao caso dos Pastores e líderes da Igreja e da Record em Angola.
A Universal está sendo investigada pela justiça de Angola sob diversas acusações, sendo as principais de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As lideranças da igreja são ainda acusadas de racismo e até esterilização forçada das lideranças locais, para que não pudessem ter o direito de ter filhos.
Não é a primeira vez que a Universal é acusada de esterilização forçada, lideranças locais na pequena São Tomé e Príncipe, também no continente africano também denunciaram ações da Universal neste sentido.
O “pano quente” público veio esta semana, com a indicação de Crivella, que é bispo da referida igreja e uma das figuras mais reacionárias da política no Brasil, para o cargo de Embaixador do Brasil na África do Sul.
Crivella, que foi prefeito do Rio no período 2017-2020, é a face de uma das gestões mais nefastas da gestão carioca. Crivella acumulou em seu péssimo currículo de gestor a precarização extrema da saúde do município,onde deixou à míngua diversos trabalhadores, em que diversos ficaram sem salários e foram demitidos(mais de 1500 foram às vésperas da pandemia).
No seu último ano de prefeito, já durante a pandemia do Coronavírus, Crivella seguia a cartilha de Bolsonaro, de desdém com as vidas das vítimas da Covid e chegou a afirmar que “morreram menos que o esperado”.
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