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LUTA CONTRA BOLSONARO | PUC-RIO vota paralisação contra o desmonte da educação e o Governo Bolsonaro

Hoje, quinta-feira, dia 9 de maio, os estudantes da PUC-RIO votaram em assembleia, que contou com a presença de cerca de 200 pessoas, a adesão da universidade a paralisação geral da educação no dia 15, quarta feira.

quinta-feira 9 de maio de 2019 | Edição do dia

Os cursos de História e Serviço Social deram grande exemplo e já haviam votado à paralisação em assembleias próprias de cada curso. O curso de Ciências Sociais fará assembleia na próxima semana para referendar o [indicativo de paralisação votado para os 3 cursos na semana passada.

A USP, UNICAMP, UFRJ, professores da UERJ, docentes da UFMG ente outras universidades já votaram paralisar também suas atividades para a Greve Nacional da educação que está sendo convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para a próxima quarta feira, dia 15.

Exigimos da reitoria e de todos os departamentos da PUC-RIO que possibilitem que os estudantes possam exercer seu direito a paralisação, votada em assembleia, sem qualquer tipo de punição da instituição.

A paralisação se dá no contexto em que o Governo Bolsonaro vem atacando a educação por distintas vias. A alegação de “balbúrdia” a UFF, UFBA e UNB, que se generalizou com um corte a todas 30% nas universidades públicas, de 2,2 Bi no ensino primário, se somam a pretensão de querer fechar os cursos de filosofia e sociologia no Brasil. No Colégio Pedro II, o contingenciamento chegou até 38% do orçamento, e na UFRJ, a 41%. Isso coloca a perspectiva da calamidade para essas duas instituições e diversas outras que correm o risco de, inclusive, comprometer seu funcionamento.

Bolsonaro e sua corja sabem do potencial explosivo que tem o movimento estudantil. Querem sufocar o pensamento crítico nas universidades, acuar estudantes, perseguir professores e cortar da educação para que sobre ainda mais dinheiro para o seu governo de empresários.

Os ataques do governo a educação afetam em larga escala os estudantes da PUC-RIO, que estão, inclusive, sofrendo uma ameaça de corte de bolsas institucionais pela universidade. Em um momento de fragilidade política do governo, com alto grau de indecisão política, e a divisão entre os de cima, é necessário que o movimento estudantil entre em cena, na perspectiva de engajar outros setores na luta, e ampliar o rechaço a Bolsonaro.

É preciso ir por mais do que a “espera passiva” ao desgaste do governo, como vem conformando o PT e PSOL, com uma oposição meramente parlamentar. Necessitamos pressionar e exigir à CUT e a CTB, os maiores sindicatos do país, uma preparação real para uma grande paralisação nacional no dia 14 de junho.

Para barrar esses ataques, é necessário desenvolver o terreno da luta de classes para barrar não só os cortes da educação, mas golpear o centro de gravidade do governo, a reforma da previdência, que quer nos fazer trabalhar até morrer.

Nessa crise somos nós ou eles, são os capitalistas que devem pagar pela crise que geraram junto aos políticos que governam para eles. Por isso defendemos o não pagamento da dívida pública, como medida não somente impedir os cortes na educação, o ataque à aposentadoria, mas também mudar radicalmente o caráter da universidade, ampliando o acesso com o fim do vestibular e a estatização das universidades particulares.

Nós, estudantes da PUC-RIO, precisamos ser parte ativa dessa luta, e batalhar por um plano de lutas, organizado a partir de cada local de trabalho e de estudo. A UNE necessita colocar seu aparato nacional, não para atuar como burocracia no movimento estudantil que quer resolver desde cima, mas atuar a serviço da coordenação da juventude desde a base contra todos os ataques deste governo inimigo da juventude, dos professores e da classe trabalhadora.

A força e energia dessa juventude é capaz de incendiar os trabalhadores do país pra juntos irmos por mais, não vamos escolher entre permanecer na Universidade ou trabalhar até morrer, esse governo não vai nos enganar. Dia 15 façamos uma forte paralisação nacional junto aos professores do país inteiro, rumo a um pleno de luta efetivo que pare o país no dia 14 de junho.




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