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GOVERNO TEMER | PT e movimentos sociais entregam pedido de impeachment de Temer

O PT protocolou nesta quinta um processo de impeachment contra Temer. Continuam com seus planos de desgastar Temer até 2018 visando as eleições e não a organização da luta.

quinta-feira 8 de dezembro de 2016 | Edição do dia

O PT protocolou nesta quinta-feira, 8, mais um pedido de impeachment do presidente Michel Temer, com base no caso denunciado pelo ex-ministro da cultura Marcelo Calero. O documento, com 37 páginas, a que teve acesso a reportagem, é assinada por 20 pessoas, sendo quatro juristas e o restante representantes de movimentos sociais.

"Além de tolerar a conduta ilegal de Geddel Vieira Lima, há fortes indícios de que o presidente da república usou da interveniência de dois outros subordinados para consubstanciar o atendimento a uma solução ao caso, contrária à firme deliberação do ministro titular da pasta responsável pelo tema, Marcelo Calero", afirma o documento.

O pedido é protocolado na Câmara dos Deputados. É preciso que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceite o pedido para dar início a um processo. De acordo com o pedido de impeachment, a conduta de Michel Temer caracteriza crime de responsabilidade. Na descrição dos fatos, o documento alega que Temer estava ciente da pressão do ex-ministro Geddel Vieira Lima sobre Calero, mas não impediu sua atuação. Ao contrário, determinou o encaminhamento do caso à Advocacia Geral da União (AGU).

Nos juntamos aos que repudiam o governo ilegítimo fruto de um golpe institucional no país, mas sabemos que levantar a derrubada Temer por meio de um impeachment não representa uma resposta para os trabalhadores e a juventude.. O fim do governo Temer através desse meio que poderia terminar dando como saída novas eleições ou até mesmo eleições indiretas, serviria para eleger um novo representante com mais legitimidade para aplicar cortes.

Uma das razões dessa estratégia equivocada contra Temer é que os ex-governistas apostam nessa manobra como uma forma de desgastar o governo Temer para crescer nas disputas eleitorais em 2018, sem mobilizar as bases e organizar a luta contra os ataques, para voltar ao poder com Lula ou Ciro Gomes e aplicar os ajustes da elite assim como Dilma começou a fazer e cujo golpe tinha o objetivo de acelerar e aprofundar.

Apenas a mobilização de trabalhadores e jovens independentes, que exija uma ação séria das centrais sindicais e estudantis como CUT, CTB e UNE pode barrar os ataques de Temer. Não somente barrar os ataques, mas derrubar Temer e impor uma nova Assembleia Constituinte Livre e Soberana, em que a classe trabalhadora seja protagonista e questione mais do que apenas os representantes corruptos da burguesia, mas todo este regime apodrecido.




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