quarta-feira 30 de março de 2022 | Edição do dia
O PSOL acaba de aprovar a formação de uma federação com a REDE Sustentabilidade, um partido de patrões que atua contra os trabalhadores e as mulheres. A REDE de Marina Silva é financiada pela família Setúbal do banco Itaú. E em política, nunca é demais relembrar que "quem paga a banda, escolhe a música". Ao som das necessidades da burguesia a REDE votou pelo golpe institucional, defendeu a prisão arbitrária de Lula, foi favorável à reforma da previdência em São Paulo, votou a favor da reforma da previdência nacional e é contra o direito ao aborto.
Em uma federação, PSOL e REDE vão atuar em comum por 4 anos sob um mesmo estatuto e programa. Esse passo que rompe definitivamente a independência de classes, mudando o caráter do PSOL. Essa decisão coroa um giro à direita que o PSOL vem dando ao transformar a lógica do mal-menor em sua principal estratégia que se expressa hoje na decisão de entrar no comitê de campanha de Lula.
Também veio limitando a atuação do partido ao que é possível dentro do também limitado espaço eleitoral, sem jamais batalhar para criar um espaço próprio da esquerda socialista nas eleições, mas também no movimento operário e entre a juventude e os setores oprimidos de onde poderia emergir a força para derrotar o bolsonarismo e os ataques nas ruas.
Diante disso, os militantes do PSOL que não tem acordo com a política adotada pela direção majoritária devem romper com esse projeto burguês de conciliação de classes que irá ajudar a estabilizar este regime autoritário no país e manter todos os ataques aos trabalhadores. Por isso, fizemos um chamado aos militantes do PSOL que escreveram a carta "PSOL numa encruzilhada" para que rompam com este partido e sejam parte da batalha por construir um polo de independência de classes nas eleições.
Chamado | Aos militantes do PSOL: É preciso romper com o PSOL e sua política de apoio a uma chapa Lula-Alckmin
Debate | Crise histórica do PSOL: quais as lições e as perspectivas para a esquerda?
