Neste 3J, dia em que diversas manifestações ocorrem de Norte a Sul do país, alguns setores da direita também se somaram às manifestações. É o caso do patético PSDB de São Paulo. Não vamos permitir!
sábado 3 de julho de 2021 | Edição do dia
Diferente do “Vem pra Rua” e do MBL, que apesar de apoiarem o impeachment de Bolsonaro, não vieram aos atos, o PSDB sim teve a cara de pau e, ao menos em São Paulo, estiveram presentes.
Lá estavam eles com as bandeiras erguidas, como quem acredita ter qualquer tipo de moral a erguer com elas.
O partido, que até ontem esteve com Bolsonaro explicitando o BolsoDoria, hoje paga de oposição, mas na prática ainda fecha com o bolsonarismo em todas as questões que dizem respeito a arrancar direitos dos trabalhadores e da população.
É esse PSDB que, mesmo após o governo Bolsonaro, literalmente dava risada (Bruno Covas) na cara de professores que estavam sangrando com os tiros de bala de borracha em uma manifestação contra o Sampaprev – a reforma da previdência do município de São Paulo. É o mesmo partido que esteve à frente em incontáveis política de destruição da educação e da saúde públicas. É o partido que está há anos a frente de privatizações, que demitem trabalhadores, que sucateiam todos os tipos de serviços públicos para após isso vir com o “milagre da iniciativa privada”.
Cinismo é o que define a postura desses partidos de direita que querem marchar nas ruas contra o Bolsonaro. O fazem porque querem ter algum lugar ao Sol quando o assunto for eleições de 2022.
Podem não estar neste momento à frente da catástrofe que Bolsonaro vem promovendo com a condução da crise pandêmica e econômica, mas estão lado a lado na condução de toda a miséria, fome, desemprego e também mortes pela Covid que os trabalhadores vêm sofrendo.
É por isso que gritamos em alto e em bom som: Fora já dos nossos atos! Nós não marchamos com a direita que ainda ontem nos apunhalava com um golpe para poder enfiar goela abaixo dos trabalhadores mais e mais reformas.
Nós vamos gritar contra Bolsonaro, contra Mourão e também contra esses asquerosos partidos de direita que querem desviar a força das mobilizações para uma candidatura da direita tradicional contra Bolsonaro.
É por isso que nós não podemos apoiar a palavra de impeachment por si só. Não podemos deixar que as forças de direita coloquem Mourão como substituição, como se isso fosse resolver alguma coisa. Não irá resolver. Ao contrário, irá fortalecer ainda mais os militares e seu peso na condução da catástrofe sanitária.
Não basta alterar os jogadores. Nós devemos mudar as regras do jogo. É por isso que propomos uma Greve Geral já, convocada e construída pelas grandes centrais sindicais do país, e que isso seja parte de uma luta para convocar uma Assembleia Constituinte, Livre e Soberana, onde nós possamos colocar abaixo todas as reformas e ataques que os trabalhadores e a população estão sofrendo neste momento.
Todo repúdio ao PSDB e à direita que acha que pode marchar conosco.
Não iremos permitir!
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