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POLÍCIA ASSASSINA | PM do RJ tem lado: em documentos, elogia bolsonaristas e associa oposição a vandalismo

Os registros internos da PM obtidos pelo UOL, que incluem solicitações de policiamento, ordens de serviço e outros documentos relativos a mais de uma dezena de manifestações no Rio desde 18 de abril revelam uma postura seletiva e pró-atos bolsonaristas.

segunda-feira 20 de julho de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução Globonews

Os registros internos da PM obtidos pelo UOL, que incluem solicitações de policiamento, ordens de serviço e outros documentos relativos a mais de uma dezena de manifestações no Rio desde 18 de abril revelam uma postura seletiva e pró-atos bolsonaristas.

Enquanto as manifestações de oposição ao governo Bolsonaro são tratadas nos documentos como eventos com potencial de distúrbios, atos de apoiadores do presidente são vistos como inofensivos e até rendem elogios a bolsonaristas mesmo quando contrariaram normas de isolamento social.

Com o vazamento dos documentos, a polícia demonstra mais uma vez de que lado está, dos patrões e da extrema-direita. Nenhuma surpresa, vindo dessa instituição que serve para proteger a propriedade privada e massacrar os negros. Enquanto reprimiu com força os atos antirracistas e anti-fascistas, a PM do Rio foi extremamente branda com os diversos atos bolsonaristas.

As manifestações que justificariam o aparato repressivo variam de atos abertamente contra o governo a protestos como o de entregadores de aplicativos no dia 1º deste mês. Em um deles, está expressamente ligando a oposição a depredação:

"possibilidade de grande mobilização de manifestantes em virtude da convocação de adeptos dos partidos políticos opositores e anarquistas, com histórico em atos anteriores desse mesmo gênero, registros de confusões e depredação do patrimônio público".

Todos os seguintes atos foram tratados nos documentos como ocorrências com grande chance de ações de vandalismo:

• 7/6: Ato em defesa da democracia convocado por torcidas organizadas do América e do Flamengo na Tijuca, zona norte do Rio
• 13/6: Ato contra o presidente Jair Bolsonaro no centro do Rio
• 16/6: Manifestação contra racismo e violência policial após a morte de George Floyd
• 1/7: Greve dos entregadores de apps

Enquanto que para os atos bolsonaristas, só elogios: “As pessoas presentes apresentavam um bom nível de compreensão do que lhes era passado, muitos utilizavam mídias digitais para mensagens e vídeos ao vivo e a todo momento faziam questão de manifestarem admiração pelo trabalho da Polícia Militar”.

Lutamos pelo fim da polícia, que só pode acabar com o fim do capitalismo. É preciso levantar um programa que possa dar uma saída de fundo para os problemas do país. Somos pelo fora Bolsonaro e Mourão, para que seja imposta diretamente uma saída dada pela classe trabalhadora, ou seja, impondo através da luta uma nova Constituinte livre e soberana, a única capaz de responder aos interesses de toda população oprimida, sem confiar em Bolsonaro, Congresso, STF ou na polícia racista.

Com informações do UOL




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