Após a dispersão de grande parte dos manifestantes, a polícia militar de Doria reprimiu com bombas e balas de borracha a manifestação em São Paulo. Até o momento, eles seguem perseguindo os manifestantes pelas ruas de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. Moradores apoiaram os manifestantes com panelaços.
domingo 7 de junho de 2020 | Edição do dia
Após uma grande manifestação de milhares de pessoas que ocupou o Largo da Batata em São Paulo, a polícia militar de João Doria reprimiu com brutalidade os manifestantes que ainda estavam no local.
Perseguindo os manifestantes pelas ruas de Pinheiros, bairro onde ocorreu a manifestação, a polícia não deu trégua e está indo atrás, jogando suas bombas de “efeito moral”, gás, balas de borracha contra os manifestantes.
Polícia de João Doria reprime com bombas a manifestação contra Bolsonaro e o racismo em São Paulo. pic.twitter.com/JVfRZ0hkNZ
— Esquerda Diário (@EsquerdaDiario) June 7, 2020
A repressão da polícia, algo corriqueiro em manifestações de todo tipo, dessa vez foi respondida pelos moradores do bairro de classe média alta com um forte panelaço vindo das janelas acompanhado por gritos de “fascistas” e “covardes” dirigidos contra os policiais, mostrando que o repúdio à polícia se expande, com uma parcela cada vez maior da população rechaçando essa instituição racista e assassina.
Moradores de Pinheiros fazem panelaço nas janelas em repúdio à repressão policial contra a manifestação anti-bolsonaro e antirracismo em São Paulo. Os moradores gritaram "fascistas" e "covardes" para os policiais.#VidasNegrasImportam #VidasPretasImportam pic.twitter.com/CxxnlJYC3w
— Esquerda Diário (@EsquerdaDiario) June 7, 2020
Não por acaso, nas emissoras como Globo se procura fazer uma distinção entre os “bons” manifestantes e os “vândalos”, a ponto de que os âncoras da Globo chegaram a dizer que o vandalismo pode ter sido causado por “infiltrados bolsonaristas”. O interesse da imprensa patronal em desgastar Bolsonaro é o que motiva esse uso interessado das manifestações, e não podemos ter nenhuma ilusão de que esses são nossos aliados (basta lembrar de junho de 2013).