×

DESMONTE DA USP | PM ameaça prender motorista de carro de som para tentar impedir manifestação na USP

Para tentar impedir realização de manifestação contra corte de 5 mil postos de trabalho, a reitoria contou com a ajuda da PM de Alckmin. Três viaturas abordaram o motorista do carro de som enquanto ele embarcava no veículo e o impediram de conduzir. Disseram que se ligasse para o sindicato dos trabalhadores que o contratou, seria levado preso por tentativa de homicídio.

terça-feira 7 de março de 2017 | Edição do dia

Parece inverossímil, mas são esses os métodos repressivos que estão sendo usados pela reitoria de Marco Antonio Zago e pelo governo de Geraldo Alckmin para tentar aprovar seus ataques na universidade. Alarmados pela resistência que está se armando entre professores, estudantes e funcionários, a reitoria achou que seus vídeos nas redes sociais e sua reunião às pressas não seriam suficientes para calar os que defendem a universidade pública. Outras tentativas de barrar carros de som já foram feitas pela reitoria, como na foto que ilustra essa matéria, em que uma via da universidade foi barrada por um caminhão-pipa para impedir a passagem.

Hoje ocorre a reunião do Conselho Universitário que será responsável por votar o plano da reitoria de cortar cinco mil postos de trabalho na universidade. Em resposta, foi convocado um grande ato para dizer não ao desmonte da USP. Como em todas as manifestações desse tipo, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP), contratou um carro de som para utilizar na manifestação.

A novidade foi a verdadeira emboscada armada pela polícia: o motorista do carro de som se aproximava do veículo quando foi abordado por três viaturas da Polícia Militar. Os policiais disseram que ele não podia ligar para o SINTUSP, e ameaçaram-no com uma acusação forjada, afirmando que ele havia quase atropelado uma pessoa e que se ele ligasse seria levado para a delegacia sob a acusação de "tentativa de homicídio". Fizeram-no dirigir o caminhão para fora da universidade, escoltado pelas viaturas, dizendo que não poderia voltar mais.

Dentro da universidade pública, a reitoria de Zago está unida à polícia militar para agir dessa forma, ameaçando, forjando acusações falsas, tudo para tentar impedir manifestações contra o desmonte da USP.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias