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PDT | PDT defende voto impresso, bandeira do bolsonarismo

Em vídeo postado nas redes sociais, Carlos Lupi, presidente nacional da sigla, declarou a posição alinhada ao bolsonarismo.

sexta-feira 28 de maio de 2021 | Edição do dia

Foto: André Carvalho/CNI

Nos últimos meses, Ciro Gomes vem reafirmando o caráter direitista de seu partido, o PDT, incorporando eixos programáticos da extrema-direita. Para isso passou a defender mais enfaticamente, por exemplo, a Lava-Jato, quando o julgamento de Lula foi anulado no STF.

A aproximação do PDT da agenda reacionária continuou. Nesta quinta-feira, Carlos Lupi anunciou em vídeo em seu perfil nas redes sociais a defesa do voto impresso.

Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem. Sem a recontagem, a fraude impera”, afirmou

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Do contrário do que afirma o presidente da sigla, se trata de uma posição demagógica que não está nem um pouco preocupada com o respeito às regras do próprio jogo democrático burguês. Ciro vêm dialogando com golpistas como Luciano Huck e o próprio ex-juiz e ministro, Sérgio Moro, figura central na manipulação das eleições de 2018 com a prisão arbitrária de Lula.

A defesa do voto impresso é mais uma demonstração da disposição do partido de Ciro Gomes em defender as mesmas pautas reacionárias que Bolsonaro para ter uma chance de vencer as eleições em 2022 e administrar o capitalismo brasileiro em capitulação e acordos com a extrema direita.

“Pra que possa votar lá, apertar o númerozinho do seu candidato, apertar o 12, e você ver aquele papelzinho, como se fosse esse papel que a gente quando paga com cartão de crédito tem como recibo, cair numa urna transparente e ficar ali guardado. Quando se tiver desconfiança ou quando se tiver uma votação muito diferente de locais, você pode conferir esse voto. É esse o segredo de toda democracia no mundo: a possibilidade de recontagem, de conferência de voto”, justificou o presidente do PDT.

O partido afirma que a defesa do voto impresso é uma posição histórica do partido, defendida por Leonel Brizola desde a criação do sistema das urnas eletrônicas, há 25 anos.

“Hoje algumas pessoas mais à direita querem defender a impressão do voto. Não é porque eles estão hoje defendendo, que nós vamos deixar de defender aquilo que para a democracia é salutar. Já foi aprovado, inclusive, no Congresso Nacional, e o Tribunal [Superior Eleitoral] não quis fazer porque disse, na época, que não tinha recursos para fazer”, afirmou Lupi.

O bolsonarismo usa desta pauta como uma tática de desgaste do regime democrático formal, buscando questionar a legitimidade do sistema para impor suas saídas autoritárias e repressivas que terão a classe trabalhadora, juventude e oprimidos como alvos principais.

Cid Gomes e PDT: oposição a Bolsonaro, mas com uma agenda privatista e entreguista

A confiança do PDT de Ciro Gomes neste Congresso comandado pelo centrão, e no governo Bolsonaro, serventes aos latifundiários e oligarcas regionais, como responsáveis por uma suposta defesa do processo democrático, que eles próprios pisotearam em várias oportunidades, demonstra o direitismo deste partido.

A aproximação das pautas do PDT com as da extrema direita não são apenas manobras visando a disputa da base bolsoanrista em 2022, são uma reafirmação do caráter social e político, que tem em suas fileiras oligarcas regionais, como é o próprio Ciro Gomes, representante do coronelismo no nordeste.

Atualmente uma comissão especial analisa uma PEC da bolsonarista Bia Kicis, presidente da CCJ da Câmara, que contém o voto impresso.




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