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TRIBUNA ABERTA | Os rumos da esquerda no Brasil - Uma revolução seria a forma de afirmar o posicionamento político

Reproduzimos aqui texto produzido por Ana Júlia, estudante de jornalismo da FAPCOM, a partir de conversa realizada pelos estudantes de sua sala com Diana Assunção, do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), que foi candidata a vereadora de São Paulo pelo PSOL.

terça-feira 11 de outubro de 2016 | Edição do dia

Com o cenário político atual num momento pós-impeachment, partidos de esquerda precisam descobrir que estratégias irão adotar para voltar a eleger o maior número de candidatos e retomar o poder no Brasil. Além de propor reformas, a ideologia precisa se adequar para que não cometa os mesmos erros do Partido dos Trabalhadores (PT), que apenas tinha um projeto de conciliação de classes.

As medidas tomadas não podem fazer com que a esquerda se torne massa de manobra do PT. O Partido dos Trabalhadores, durante seu governo, não se propôs a ser um partido que lutasse pela sociedade e através dos sindicatos controlava a luta da classe trabalhadora. Diana Assunção, militante do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores e funcionária da USP diz que “não se pode fazer coro com a direita” (ou seja, admitir os erros cometidos, mas não ser conivente com o impeachment).

O país deu uma guinada à direita. A insatisfação é visível e se refletiu nas urnas com grande porcentagem de votos nulos e brancos nas eleições para prefeitura. A esquerda não possui um partido que de fato represente o povo, e o PSOL, um dos que poderia carregar essa característica, segundo Diana “não tem muita base na classe trabalhadora” e “é um partido pequeno do ponto de vista nacional”, dificultando sua afirmação como partido do trabalhador.

As campanhas para as eleições são bastante restritivas e a imprensa oficial acaba favorecendo alguns candidatos, desse modo, tentar apenas se eleger não basta; é preciso organizar uma força militante. A revolução só pode ser levada adiante com uma grande maioria, configurando assim uma situação democrática.O método de luta de classes deve ser reafirmado e a classe trabalhadora ser novamente o centro do debate, para privilegiar quem realmente necessita.




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