Luís Fernando Pereira tinha 38 anos e morreu ontem (8) após acidente de trabalho. Ainda não se sabe a causa do acidente, mas as tristes estatísticas não deixam dúvidas sobre a responsabilidade das empresas nos acidentes e mortes de trabalhadores que acontecem todos os dias no Brasil.
quinta-feira 9 de agosto de 2018 | Edição do dia
Luís era natural de Coronel Fabriciano e trabalhava dentro da Usiminas desde 2016. Era parte da manutenção, trabalhava no despoeiramento da aciaria, local da usina onde o ferro é convertido em aço. Era casado e pai de três filhos.
Segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), são mais de 2000 mortes por ano por acidentes de trabalho no Brasil, sendo a maioria de trabalhadores terceirizados. Esse número equivale a 1 morte a cada 4 horas.
As condições de trabalho que já não são seguras pioram com o alto ritmo da produção, as jornadas estendidas com banco de horas e o acúmulo de funções que vem com a diminuição do quadro de funcionários. Com a crise econômica os trabalhadores trabalham sob a ameaça de demissão e pagam com a saúde e com a vida a sede de lucros de empresas como a Usiminas.
Não à toa os grandes empresários apoiaram a Reforma Trabalhista e a terceirização ilimitada do governo golpista de Temer, que vieram para flexibilizar ainda mais os contratos de emprego, aumentar a exploração, precarizar as condições de trabalho e retirar direitos da classe trabalhadora.