Enquanto o comitê olímpico censura constantemente os atos políticos dos atletas, o diretor da abertura dos jogos olímpicos em Tóquio Kentaro Kobayashi que há vinte anos atrás fez piadas pública sobre o Holocausto contra os judeus durante a II guerra mundial. Após conhecimento sobre o ocorrido o diretor artístico foi demitido do seu cargo.
sexta-feira 23 de julho de 2021 | Edição do dia
Foto: FABRICE COFFRINI / AFP
Há duas décadas atrás o atual ex diretor, Kentaro Kobayash, da abertura dos jogos olímpicos em Tóquio fez piadas sobre o Holocausto contra os judeus, momento histórico conhecido pelos assassinatos, fome e tortura contra os judeus.
Enquanto o comitê olímpico demora vinte anos para reconhecer a gravidade desse ocorrido, esse mesmo comitê olímpico impede todos os anos nos jogos olímpicos as manifestações e atos políticos dos atletas.
Toda a história das olimpíadas está repleta de racismo e da representação das relações de poder da classe dominante a nível internacional. A censura a manifestações pode ser vista em várias edições das olimpíadas como tentativa de separar o evento, que ocorre a cada quatro anos.
Um exemplo icônico de manifestação e resistência observado nas olimpíadas foi nos Jogos Olímpicos que aconteceu nos Jogos do México em 1968, quando Tommy Smith e John Carlos, ganhadores das medalhas de ouro e bronze nos 200 metros rasos, ergueram os punhos em referência aos Panteras Negras enquanto tocava o hino dos Estados Unidos.
O ato foi objeto de tentativa de expulsão dos atletas por parte do presidente do COI. Na época o presidente era o estadunidense Avery Brundage, que algumas décadas atrás, nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, não se opôs à saudação nazista no pódio.
Kentaro Kobayashi, foi demitido do cargo, porém, isso não diminui a censura constante imposta pelo comitê olímpico que segue com suas posições e medidas anti liberdade de expressão.
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