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Boate Kiss | Oito anos depois, julgamento do incêndio da Boate Kiss terá início hoje

Ocorrido em 2013, o incêndio da Boate Kiss será julgado hoje (01/12). Quatro réus são acusadas pela morte das 242 pessoas e tentativa de homicídio de outras 636. Caso é emblemático dos riscos que os capitalistas estão dispostos a nos submeter em nome de seus lucros.

quarta-feira 1º de dezembro de 2021 | Edição do dia

Foto: AP Photo/Agencia RBS

A justiça gaúcha, em Porto Alegre, começa a julgar hoje o emblemático caso da Boate Kiss, em que 4 réus, os donos do boate, são responsabilizados pelo incêndio que resultou na morte das 242 pessoas e tentativa de homicídio de outras 636.

Na manhã desta quarta, será definido o júri, a partir do sorteio de 25 jurados. A expectativa do Tribunal de Justiça é que demore cerca de 15 dias, pois as atividades serão diárias, inclusive aos fins de semana, até as 23h.

O caso, que chocou o país em 2013, não foi uma tragédia fortuita, mas mostrou os riscos que empresários estão dispostos a submeter a juventude em nome da sua sede de lucros. Os donos da boate tinham plena consciência das normas de segurança que estavam desrespeitando, ainda assim escolheram seguir funcionando, e inclusive superlotando a casa de shows para aumentar seus lucros.

No dia 27 de janeiro daquele ano, estavam reunidos principalmente jovens universitários na boate de Santa Maria, que celebravam a formatura de cursos como Agronomia, Veterinária e outros, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Quando o fogo começou, após o uso de um sinalizador, a violação das normas de segurança ficaram claras com a falha de extintores vencidos, o uso de espuma irregular para o isolamento acústico, que produziu uma fumaça tóxica, a existência de uma única saída na casa noturna.

O direito a lazer, a celebração de festas, faz parte da sociabilidade do homem, principalmente da juventude. Porém no capitalismo esse direito está subordinado a necessidade de produção dos lucros capitalistas, que seguirão desrespeitando normas de segurança e arriscando vidas, contando até com as vistas grossas do Estado. Enquanto isso, festas auto organizadas pelas próprias pessoas são criminalizadas e reprimidas brutalmente, como vimos no massacre cometido pela PM de Doria contra um baile funk em Paraisópolis.




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