A fusão de DEM e PSL foi aprovada pelo TSE, dando origem a um novo partido que busca aumentar o peso e o protagonismo do Centrão na política nacional, e já busca barganhar seu apoio para algum presidenciável. Com 81 deputados federais, irá ficar com a maior parte dos recursos do Fundo Eleitoral, bem como do tempo de propaganda eleitoral na televisão.
quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
(Foto: Reprodução)
Nesta terça (08/02), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o pedido de registro partidário da fusão entre PSL e DEM, o União Brasil. Essa nova legenda já nasce com a maior bancada na Câmara, com 81 cadeiras, e consequentemente, com a maior parte dos fundos partidário e eleitoral.
Segundo Edson Fachin, foram cumpridos "todos os requisitos necessários para a fusão de partidos políticos", sendo eles a convenção nacional conjunta (realizada em 6 de outubro), e a aprovação do programa e do estatuto partidário. Além disso, a defesa do novo partido solicitou seu acesso ao sistema de Justiça Eleitoral a partir de hoje, o que também foi aprovado.
Além dos 81 deputados federais, o União Brasil nasce com 7 senadores e 3 governadores, ainda que sejam esperadas saídas e chegadas ao novo partido, que podem alterar estes números. Dessa forma, o União Brasil terá direito a R$ 776,4 milhões de Fundo Eleitoral em 2022.
Leia mais: União Brasil: entre a terceira via e o protagonismo no "presidencialismo de coalizão"
Segundo o jornal O Globo, o futuro presidente do União Brasil, Luciano Bivar, busca filiar Sergio Moro ao partido, visando a eleição presidencial. Já outro cacique da legenda, ACM Neto, mantém conversas com João Doria e Ciro Gomes. O Palácio do Planalto também estaria buscando se aproximar do União Brasil.
O União Brasil representa a tentativa, assim, do Centrão de ocupar cada vez mais postos chave e de ter maior protagonismo na política nacional.
