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RODOVIÁRIOS | O que está por trás das suspensões e "justa causa" aplicadas pelas empresas?

Ao que parece, as empresas adotaram um mecanismo pra tirar vantagem financeira em cima dos trabalhadores, pois tem usado de forma deliberada esse verdadeiro esquema em que retira os peão das suas escalas e os deixam no prejuízo de um, dois, até três dias de trabalho, além do repouso que a lei permite descontar dos trabalhadores "faltosos".

sexta-feira 21 de julho de 2017 | Edição do dia

São punições arbitrárias, sem qualquer prejuízo real às finanças das empresas ou da imagem das mesmas, elas agem de maneira a causar prejuízos terríveis no bolso dos trabalhadores.

Estão se beneficiando da redução de linhas e tabelas horárias inteiras, autorizadas por Marchezan. Essas medidas de reduzir tabelas deram as empresas um novo nicho pra explorar: Pegam os peão que estão " sobrando" das tabelas extintas e os deixam a disposição pra fazer o rodízio lucrativo das punições arbitrárias. Sem contar o abuso de retirar os peão de suas linhas e horários por supostamente terem chegado atrasados ou colocado atestado sem aviso prévio.

Queremos paz pra trabalhar, mas só encontramos ataques e descaso das empresas.

Na empresa Trevo, em 6 dias, 3 trabalhadores juntos somam 6 dias de gancho e 4 repousos perdidos, por conta desse verdadeiro esquema em que o peão não tem direito algum de defesa. Agora já ameaçam com a volta do banco de horas, um retrocesso tremendo, que nos impõe pela via do terrorismo, do medo, das ameaças de descontos e demissões, e com uso da força policial pra garantir sossego dos patrões pra poder intimidar os peão a não resistir e lutar.

Se não enfrentamos e damos uma basta em tanto abuso, as coisas vão piorar. A Reforma Trabalhista, por exemplo, que ainda não foi colocada em prática pelas empresas, promete ter um efeito devastador na vida de milhares de rodoviários.

Tudo isso somado a punições, intimidação, redução de tabelas, demissões, uso da força policial nas manifestações de peão nas garagens, perseguição à vanguarda de luta, sucateamento da Carris e ameaça de privatização , etc...nos mostra cada vez mais que temos de traçar um plano de luta e resistência que envolva todos os setores de vanguarda, ativistas e independentes na categoria. Mais do que nunca, agora se faz necessário resgatar aquela unidade que contagiou toda a categoria e que conseguiu mobilizar ativismo em todas as garagens de Porto Alegre em 2012, 2013, e que culminou com a forte e histórica greve de 15 dias em 2014.




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