×

1/5 NA ARGENTINA CONTRA O GOLPE | O PTS realizou seu ato internacionalista em Neuquén

Cerca de 250 trabalhadores, trabalhadoras e estudantes participaram do ato organizado pelo PTS – Frente de Esquerda de Neuquén no clube Amizade Trabalhadora. Previamente mais de 300 pessoas participaram do ato unitário da esquerda, o sindicato ceramista e outras organizações na fábrica Zanon pela defesa das gestões operárias ceramistas.

segunda-feira 2 de maio de 2016 | Edição do dia

O ato realizado pelo PTS pôs no centro de sua convocatória o repúdio ao golpe no Brasil assim como o rechaço ao ajuste de Macri e dos governantes na Argentina. Abriram o ato enviando uma saudação Andrés Blanco, secretario adjunto do sindicato ceramista, e Norma Brizuela, trabalhadora têxtil demitida e que recentemente obteve uma decisão favorável por sua reintegração, aos quais se somaram Alexandro Avilés, Secretario Geral de ATEN Zapala, estudantes de Bellas Artes e outros universitários.

Alexandro Marín, professor de Terra de Fogo, exonerado por um corte político, foi um dos oradores do ato, contando a grande luta naquela província contra o ajuste aplicado pela governadora da Frente para a vitória, Rosana Bertone. Agradeceu o convite a participar do ato e a solidariedade implementada pelo PTS em Neuquén e todo país com a luta de Terra de fogo.

Logo tomou a palavra María Isabel Martinez, trabalhadora da educação e miliante do PTR do Chile, partido irmão do PTS naquele país, que contou a luta de estudantes e trabalhadores do outro lado da cordilheira, destacando as experiências de mobilização e organização desde as bases no país irmão e a importância do internacionalismo como perspectiva de luta concreta da classe trabalhadora. Resgatou em especial o papel que cumpriu o movimento estudantil chileno, que com suas grande lutas abriu caminho para a entrada em cena do movimento operário nesse país.

Uma das oradoras centrais foi Marie Christine Aguirre Castaneda do MRT do Brasil, que contou a situação no país vizinho e a política que vem levantando como corrente revolucionária contra o golpe da direita no Brasil, sem por isso dar nenhum apoio político ao governo ajustador de Dilma Rousseff e ao PT. Chamou aos trabalhadores e a juventude a enfrentar o golpe no Brasil porque estar contra o golpe é estar com os trabalhadores e contra o ajuste. A posição a respeito do golpe no Brasil dividiu águas na esquerda brasileira e internacional sendo o PTS e seus partidos irmãos na América Latina um dos poucos que organizaram atos neste 1º de maio tendo posição o eixo de repudio a este golpe.

Raúl Godoy, operário de Zanon e deputado provincial de Neuquén, encerrou o ato que destacou a importância da jornada de luta realizada neste 1 º de maio, a presença das companheiras do Chile, Brasil e Terra de Fogo e a necessidade de seguir fazendo do internacionalismo operário uma prática cotidiana e concreta. Chamou aos trabalhadores, trabalhadoras e estudantes presentes a construir agrupações junto ao PTS, como a ceramista Marrom Bordô, a Violeta Negra de ATE, a Negra de ATEN, a Marrom Papeleira, a agrupação Textil em luta e as agrupações estudantis em secundaristas, universitários e na universidade.

Godoy assegurou que a esquerda tem muito que contribuir com os processos de luta que virão.

Tradução: Milena Bagetti




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias