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VAZA JATO | Novos vazamentos comprovam que Dallagnol enriqueceu com Lava Jato

As novas revelações da "Vaza Jato" apontam que o Procurador Deltan discutia criar empresa sem ser sócio como uma estratégia para arrecadar com palestras. Confirmam assim as denúncias do Esquerda Diário que ao contrário de combater a corrupção, a Operação Lava Jato, garantia privilégios e enriquecimento em troca de impor o golpe institucional, e depois um governo mais reacionário capaz de impor os ataques que o PT já vinha fazendo.

segunda-feira 15 de julho de 2019 | Edição do dia

Neste domingo (14), o Intercept divulgou novos vazamentos, desta vez denunciando o Procurador Deltan, que segundo mensagens do fim de 2018 do Telegram, montava um plano para criar um empresa sem ser sócio, evitando suspeitas, uma vez que pela Constituição Federal é proibido que procuradores gerenciem empresas.

Como denunciávamos no fim de 2018, Deltan enriquecia com os benefícios e auxílios da casta judiciária. Somente do MPF recebia quase R$ 7.000 em benefícios por mês; incluindo R$ 4.377,73 em auxilio moradia, apesar de ter casa própria. Assim como, Moro também foi recompensado com nada menos do que 2,8 milhões desde o início da Operação.

Nas novas revelações do Vaza Jato, Deltan e o procurador da Lava Jato Roberson Pozzobon discutiram a constituição de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas.

“Antes de darmos passos para abrir empresa, teríamos que ter 1 plano de negócios e ter claras as expectativas em relação a cada 1. Para ter plano de negócios, seria bom ver os últimos eventos e preço”, afirmou Deltan no chat.

Pozzobon respondeu: “Temos que ver se o evento que vale mais a pena é: i) Mais gente, mais barato ii) Menos gente, mais caro. E 1 formato não exclui o outro”.

Como também afirmamos no Esquerda Diário em 2016, Deltan era o "especulador imobiliário da Lava Jato": "Ou seja, o empresário-procurador não enriquece apenas com a indústria de delações premiadas milionárias instalada em parceria com Sérgio Moro, donde extraem 20% em média do dinheiro total que deveria ser ressarcido à União; o faz também com a especulação imobiliária em apartamentos de luxo. Curiosa necessidade de novas fontes de renda, uma vez que o salário ilegal de Dallagnol acima do teto constitucional – algo que a imprensa critica nos parlamentares corruptos – não parece fazer frente a seus gastos".

Como denunciamos acima e em outros artigos, diferente do Intercept que utiliza dos vazamentos a conta gotas para desgastar Moro e o clã Bolsonaro, mas de forma alguma questiona a Operação Lava Jato em seu conteúdo golpista e entreguista dos recursos e empresas brasileiras para o imperialismo, o Esquerda Diário desde o inicio da Operação Lava Jato em 2015 denunciava com centenas de artigos que não se tratava em nada de combater a corrupção, mas de trocar um antigo esquema de corrupção por outro, com novos rostos e muito mais servil aos interesses do mercado financeiro. Assim como as diversas relações de Detran com o imperialismo norte-americano.

Por isso que viemos denunciando em cada momento desta operação: com as escutas ilegais, os vazamentos de informação seletivo para imprensa, as prisões coercitivas até o papel destacado no golpe institucional que destitui a ex-presidente Dilma Rousselff usurpando o sufrágio universal da população. Depois, apoiado no preconceito criado anti-PT, a Lava Jato se fortaleceu e influenciou decididamente os rumos das eleições, tirando o Lula da concorrência com sua prisão arbitrária e permitindo a maior manipulação eleitoral já vista na história recente. Não a toa, Sergio Moro foi presentado pelo seu papel com o cargo de Ministro da Justiça.

Os trabalhadores e a juventude não podem ter qualquer confiança na Lava Jato e nos poderes judiciários que vivem de privilégios para atacar os direitos dos trabalhadores. Eles que preparam novos ataques contra o conjunto da classe trabalhadora e da juventude são os mesmos que decidem ano a ano aumentar seus próprios salários e definir os rumos da política brasileira.

Contra este judiciário politicamente interessado e autoritário, o Esquerda Diário defende que todos os juízes e procuradores ganhem o mesmo salário que uma professora, sejam eleitos e revogáveis e que todos os casos de corrupção sejam julgados por juri popular.




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