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CORTES NA EDUCAÇÃO | Novo reitor da UFC, nomeado por Bolsonaro, pede reintegração de posse em ocupação de reitoria

Após ser eleito de forma antidemocrática pelo governo Bolsonaro, o reitor Candido Albuquerque da UFCE entra com pedido de reintegração de posse para reprimir alunos que ocupam a reitoria da universidade.

quarta-feira 4 de setembro de 2019 | Edição do dia

Já são três universidades federais no Brasil que tem suas reitorias ocupadas contra o Projeto Future-se de Bolsonaro, que vem para reduzir os investimentos em educação nas universidades federais e aumentar o nível de inserção privada, transformando ainda mais a produção de conhecimento gerada por estudantes em lucro para grandes empresários, e também contra os alarmantes cortes nas bolsas de pesquisas, mestrado e doutorado administradas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (capes), que desde o início do ano sofreram cortes de 11.811 bolsas e que agora o governo anuncia mais um corte de mais de 5.000 bolsas, demonstrando mais ainda o seu caráter de desmonte da educação pública.

Em meio a esse processo, os alunos, professores e funcionários da UFCE (Universidade Federal do Ceará), estão sendo ameaçados de reintegração de posse pelo reitor Candido Albuquerque que foi escolhido a dedo pelo governo Bolsonaro e que contou com maior rejeição da comunidade acadêmica, e que mesmo assim foi designado ao cargo e nomeado por Bolsonaro.

É necessário mais do que nunca que haja uma coordenação nacional das universidades já mobilizadas que tenha como objetivo massificar a luta contra os cortes do governo, expandindo esses exemplos de resistência para outros locais de estudo e trabalho no país. Nesse sentido, a União Nacional dos Estudantes, pode cumprir um papel fundamental de organização da luta, mas que infelizmente não vem fazendo, e isso pela escolha de sua direção (PCdoB e PT), afim de conciliar com partidos da direita visando coligações nas próximas eleições.

As ocupações estudantis servem como exemplo para que possamos tomar a luta em nossas mãos. Mas para que possamos atingir uma vitória significativa contra todos os ataques a educação que se colocam, é necessário que os estudantes unam suas pautas com as pautas dos trabalhadores e que ao mesmo tempo eles se coloquem contra as privatizações, contra a reforma da previdência , pela revogação da reforma trabalhista e contra o pagamento da dívida pública, que é o principal mecanismo de extração de dinheiro público, no qual o dinheiro dos cortes nas universidades vão para o pagamento dessa dívida fraudulenta que já foi paga milhares de vezes.




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