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Auxílio Emergencial | Novo auxílio emergencial de Bolsonaro: aprovados após abril receberam menos parcelas

A Medida Provisória 1.000/20 sancionada por Bolsonaro que autoriza a prorrogação do pagamento de mais quatro parcelas a beneficiários do auxílio emergencial não garante que todos os beneficiários receberão o mesmo número de parcelas. Segundo a nova edição da MP, o auxílio emergencial residual, será pago em até quatro parcelas, até o dia 31 de dezembro de 2020, no valor de R$ 300.

terça-feira 8 de setembro de 2020 | Edição do dia

(Foto: IG Economia)

Atualmente mais de 60 milhões de brasileiros recebem o auxílio emergencial, , esse alto número de trabalhadores que necessitam desse auxílio insuficiente é reflexo da política de Bolsonaro que protegeu o lucro dos capitalistas criando leis como a Medida provisória 396 que autorizavam empresários a reduzir a jornada de trabalho com diminuição de salário e suspensão de contratos, além das demissões que não foram proibidas. Ou seja, a crise econômica só se aprofundou com a pandemia do novo Corona Vírus e mais uma vez essa crise vem sendo jogada nas costas dos trabalhadores. As taxas de desemprego chegaram ao menor nível da série histórica, iniciada em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Segundo o Ministério da Cidadania, o benefício só terá validade até dezembro, pois o estado de calamidade pública no país termina no dia 31 daquele mês. Com isso, somente quem recebeu a primeira parcela ainda em abril terá direito a mais quatro cotas de R$ 300.

"Serão pagas até quatro parcelas do novo valor. Contudo, o benefício acaba em dezembro deste ano, ou seja, quem começou a receber o Auxílio Emergencial em abril terá direito às quatro parcelas. Quem passou a receber a partir de julho, por exemplo, terá direito a apenas uma parcela do novo benefício, que será paga no mês de dezembro", informou o Ministério da Cidadania.

A resposta do governo Bolsonaro é a edição da MP que autoriza a prorrogação do auxílio emergencial, mas com redução de metade do valor e critérios mais excludentes, fazendo um verdadeiro malabarismo com a necessidade de uma renda mínima para todos aqueles que foram demitidos ou tiveram sua renda diminuída por conta da pandemia.

No mesmo momento que os trabalhadores veem os valores dos mantimentos e consumo básico aumentarem vertiginosamente, Bolsonaro junto com Guedes, não só reduzirão pela metade o auxílio emergencial, questão que já vínhamos denunciamos aqui como propõem alterações nos critérios que vai acarretar em menos parcelas para aqueles que tiveram seu benefício aprovado posteriormente.

Essa nova Medida Provisória demonstra que Bolsonaro e Guedes não estão preocupados em garantir o mínimo para parcela cada vez maior dos trabalhadores e setores oprimidos que desde o começo da pandemia não puderam fazer quarentena e estiveram exprimidos entre morrer de fome ou de COVID-19.

Com as mudanças, milhões que tiveram que amargar meses aguardando a aprovação do auxílio, sem qualquer justificativa do governo, agora correm o risco de não receber as 4 parcelas de R$ 300,00 que tem direito, a partir da aprovação desse novo auxílio, já reduzido pela metade, e mais uma vez, pelas mãos de Bolsonaro, Guedes e os militares, a classe trabalhadora e a população pobre ficam espremidas entre a fome, o desemprego e a miséria de um lado, e a crise sanitária e sua saúde de outro.




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