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Novamente Crivella ataca a cultura carioca, dessa vez o alvo é o Carnaval

Faltam 37 dias para o Carnaval. O carnaval carioca, conhecido como o maior espetáculo da terra, terá de enfrentar este ano as perseguições do prefeito-Bispo Crivella, que junto com a RioTur, em benefício do setor privado, avançam nos ataques a esta manifestação cultural.

quarta-feira 3 de janeiro de 2018 | Edição do dia

O prefeito que está criando uma Arena na Barra para segregar o Carnaval de Rua carioca e que vem, sistematicamente, usando da prefeitura carioca para perseguir as expressões culturais negras pela cidade, como a tentativa de impedir que o Tambore de Olokun de ensaiarem em praça pública ou o corte dos o subsídio ao Barco de Iemanjá, mais uma vez avança sobre o espetáculo da Sapucaí.

Em entrevista a Revista Época declarou que “o Carnaval vai sobreviver sozinho” ao comparar o evento ao Rock in Rio para justificar a retirada de investimento do dinheiro público do evento.

O bispo-prefeito se apoia na crise do Estado para justificar os cortes e que a prioridade seria o destino de verbas para saúde e educação municipal. É verdade que a saúde pública municipal, a educação e outras áreas passam por crises e estão marcadas pela falta de materiais, remédios e pagamentos. Mas é verdade, também, que a preocupação da atual administração da prefeitura passa longe das necessidades da população carioca já que, apesar da crise, o prefeito Marcello Crivella aumentou em 47% o gasto com as diárias de suas viagens. Desde que assumiu a gestão municipal Crivella realizou 5 viagens internacionais e a sua viagem a Dubai custou aos cofres da prefeitura mais de 46 mil reais.

Na mesma entrevista à Revista Época Crivella se justificou dizendo que não é um carnavalesco como Eduardo Paes (Ex-prefeito do Rio pelo PMDB), que é evangélico, nunca foi de carnaval e que esse não é seu “meio”. O meio do Bispo prefeito aparenta ser o dos empresários, já que enquanto corta pública verba do carnaval carioca e declara que este sobreviverá com investimentos privados “como o Rock in Rio” dá insensões a grandes empresários e aumenta seus próprios privilégios.

Crivella, ao mesmo tempo que busca favorecer seus aliados empresários ao dar declarações e tomar medidas que vão ao encontro de elitizar cada vez mais o Carnaval carioca, persegue a cultura negra em nome dos seus dogmas religiosos.




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