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ATOS DIA 13 DE MAIO | Nossa Classe-USP chama trabalhadores ao ato contra o massacre em Jacarezinho

O massacre protagonizado pela polícia na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio é o maior da história do nosso país e um símbolo da degradação do atual regime. Não bastasse as mortes pela covid-19 e o aumento da miséria, a população negra e pobre segue ainda como alvo das balas da polícia. No próximo dia 13 de maio estão sendo convocados atos em todo o país e os trabalhadores precisam ser parte ativa para lutar por justiça.

quarta-feira 12 de maio de 2021 | Edição do dia

Em São Paulo, o ato será às 17h no MASP. Nós, do Movimento Nossa Classe da USP, junto a diversas categorias e estudantes estaremos lá e fazemos esse chamado aos trabalhadores da USP para que compareçam ao ato e se somem a essa luta.

O genocídio da população negra e pobre do nosso país seja uma constante na nossa história, desde a escravização, a repressão aos quilombos e movimentos de resistência, até os dias de hoje. Em nome de uma “política de segurança pública” o Estado foi aperfeiçoando seu aparato repressivo, tornando as polícias verdadeiras máquinas de extermínio. Além disso, a repressão a qualquer movimento de resistência, de luta por direitos sociais e trabalhistas, tem sido sistematicamente mapeados, perseguidos e duramente reprimidos. Ou seja, a mesma polícia que invade casas e executam uma pessoa num quarto de criança é a que reprime atos de trabalhadores lutando contra os ataques dos governos e patrões.

Sob o governo Bolsonaro e o regime do golpe que se assenta, a política de segurança se tornou ainda mais reacionária, com governantes defendendo e implementando diretamente uma política sanguinária de extermínio. Lembremos da fala de Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, que bradava aos quatro ventos que a polícia deve “mirar na cabecinha e… fogo!”.

Mesmo diante de uma profunda crise sanitária que já vitimou mais de 400 mil pessoas, e o aprofundamento da crise econômica que colocou mais da metade da população brasileira sofrendo em algum nível de insegurança alimentar, com milhões passando fome, além do aumento do desemprego, o Estado segue massacrando o povo negro, pobre e a classe trabalhadora moradora das favelas e periferias.

E esses mesmos governos não param na sua agenda de ataques aos trabalhadores. Vemos como Doria, governador de São Paulo, avança contra os metroviários que estiveram na linha de frente durante toda a pandemia. Na USP as trabalhadoras terceirizadas, que são na maioria mulheres negras, sofrem com demissões, além do aumento da precarização do trabalho. No Hospital Universitário, onde circulam milhares de pessoas todos os dias, dezenas de trabalhadoras da higienização foram demitidas porque a superintendência decidiu reduzir o quadro de trabalhadores.

Enquanto atacam nossos direitos, principalmente dos setores mais precarizados, são os filhos da classe trabalhadora que morrem pelas balas da polícia. Por isso, não podemos ficar alheios ao combate contra a violência policial. No ano passado, após o assassinato de George Floyd por um policial nos Estados Unidos, uma onde de protestos correram o mundo e no Brasil sua expressão foi a luta dos entregadores de aplicativo por melhores condições de trabalho. Agora, diante dessa tragédia de Jacarezinho, os trabalhadores precisam insuflar os pulmões para lutar contra o genocídio, contra a miséria a que querem impor aos negros e negras que são a maioria da nossa classe. Só os trabalhadores podem dar uma saída para essa situação dramática em que vivemos.

A Coalizão Negra por Direitos está convocando atos em todo o país para o dia 13, nesta quinta-feira. Em nota divulgada nas redes: "Convocamos os setores da sociedade brasileira que não aceitam a barbárie e o genocídio imposto pelos governos milicianos que dirigem o país e diversos Estados, para se unir à Coalizão Negra Por Direitos, na próxima quinta-feira, dia 13 de Maio, marca histórica da abolição inacabada, em manifestações por todo país."

Justiça para os mortos do Jacarezinho!
Abaixo a polícia racista!
Vidas Negras Importam!




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